COORDENAÇÃO TÉCNICA DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS



O que são Doenças Crônicas?

As doenças crônicas compõem um conjunto de patologias crônicas que, em geral, estão relacionadas a causas múltiplas e são caracterizadas por início gradual, de prognóstico usualmente incerto, com longa ou indefinida duração.

Apresentam curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, podendo gerar incapacidades. Requerem intervenções com o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras, associadas a mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que nem sempre leva à cura.

Hipertensão Arterial Sistêmica

Hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica prevalente que se relaciona intimamente com a ocorrência de doenças cardiovasculares e é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo.

No país, morrem cerca de 350 mil pessoas em decorrência de doenças cardiovasculares e a maioria tem como uma das causas a hipertensão que responde por 80% das ocorrências de acidente vascular cerebral (AVC) e age como um agravante nos casos de infarto, aneurisma e até insuficiência renal.

Dentro da Rede de Atenção às Doenças Crônicas da Secretaria Municipal de Maceió, o paciente dispõe de atendimento inicialmente pela consulta ao médico da unidade de saúde. Sua condição será então avaliada em conformidade com os critérios de estratificação de risco mediante os quais o médico determinará (1) se seu caso se resolverá localmente, isto é, em tratamento na própria unidade ou, diferentemente, havendo necessidade de intervenção por tratamento mais específico que demande atenção multidisciplinar após averiguadas complicações no quadro clínico, (2) se será encaminhado ao Centro de Referência em Doenças Crônicas.

Assim, se confirmada hipótese (2), o paciente será encaminhado por meio dos relatórios de referência devidamente preenchido pelo médico da unidade de saúde.

O encaminhamento do paciente descompensado ocorrerá de forma regulada por meio do e-mail: cronicas-centroreferencia@sms.maceio.al.gov.br em que se solicitará o agendamento diretamente ao serviço de regulação que remeterá à unidade de saúde os dados da marcação da consulta à especialidade.

Ao fim do tratamento no CEDOHC, o paciente retornará à unidade de saúde provido de um relatório de contrarreferência para disponibilizá-lo ao médico que originalmente o encaminhou.

Clique nas ligações abaixo para acessar aos relatórios de referência, contrarreferência e o fluxograma de hipertensão:

Relatório de Referência

Relatório de Contrareferência

Fluxograma de Hipertensão

NOTA TÉCNICA 01-2023



Diabetes Mellitus

Diabetes é uma doença crônica caracterizada pela incapacidade de o organismo produzir insulina ou de a utilizar adequadamente quando a produz. Há basicamente três tipos de diabetes, muito embora haja classificações que preveem outros tipos conforme dados da Sociedade Brasileira de Diabetes:

Tipo 1 – Mais comum em crianças e adolescentes e está associado à deficiência grave de insulina devido à destruição de células pancreáticas relacionada à autoimunidade. Sua apresentação é abrupta e exige tratamento imediato com necessidade de insulinoterapia plena desde o diagnóstico ou após curto período.

Tipo 2 – É o tipo mais frequente e geralmente associado à obesidade e ao processo de envelhecimento. Tem início insidioso e é caracterizado por resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células pancreáticas. Diabetes Gestacional – associado à gravidez em mulheres sem diabetes e se manifesta como reação aos efeitos hiperglicemiantes dos hormônios gestacionais.

Na Atenção Básica Municipal, seu tratamento, quando de sua descompensação, segue os parâmetros já estabelecidos para encaminhamento do paciente ao CEDOHC conforme os relatórios disponibilizados para consulta. Clique na ligação abaixo para visualizar o fluxograma do paciente diabético.

FLUXOGRAMA – DIABETES E HIPERTENSÃO


Doença Renal Crônica

Doença renal crônica é uma expressão genérica para designar um conjunto de alterações heterogêneas tanto da estrutura quanto da função renal originadas de causas diversas e condicionadas a múltiplos fatores de risco.

Na maior parte dos casos, o desenvolvimento da doença é assintomático, o que ocasiona seu diagnóstico tardio e exige, para tratamento, imediato recurso à hemodiálise. Por tais características, a doença renal crônica é uma condição insidiosa que demanda tempo de tratamento, tem alta prevalência, elevada mortalidade e consome demasiados recursos do sistema público de saúde.

Na Atenção Básica Municipal, tratamento da DRC, quando verificadas complicações, segue os parâmetros já estabelecidos para encaminhamento do paciente ao CEDOHC conforme os relatórios disponibilizados para consulta. Clique na ligação abaixo para visualizar o fluxograma do paciente renal crônico.

Fluxograma de doença renal crônica


Obesidade

A obesidade é uma condição crônica multifatorial que engloba diferentes aspectos da vida humana: biológico, cultural, social, comportamental, psicológico, de saúde pública e político. O desenvolvimento da obesidade se origina do concurso entre o perfil genético de maior risco, condições sociais e ambientais, tais como inatividade física, ingestão calórica excessiva, ambiente intrauterino, uso de medicamentos abesogênicos e estado socioeconômico.

De acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2019 (VIGITEL), a prevalência da obesidade em adultos no Brasil aumentou 72% nos últimos treze anos, elevando-se de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2018. Observou-se que a prevalência de excesso de peso tende a aumentar com a idade e diminuir com a escolaridade, o que ressalta a importância da educação nutricional.

Na Atenção Básica Municipal, o tratamento da obesidade, quando descontrolada, segue os parâmetros já estabelecidos para encaminhamento do paciente ao CEDOHC conforme os relatórios disponibilizados para consulta.

Clique nas ligações abaixo para visualizar o fluxograma do paciente renal crônico:

FLUXOGRAMA DE OBESIDADE


Protocolo de Cirurgia Bariátrica



Oncologia

Câncer é um termo genérico que inclui mais de 100 doenças malignas caracterizadas pelo crescimento desordenado de células que podem invadir tecidos adjacentes e órgãos distanciados. A essa multiplicação e migração de células cancerosas se dá o nome de metástase. Tais células tendem a se dividir rapidamente e sua atuação no organismo é agressiva e incontrolável levando à formação de tumores que podem se difundir por várias partes do corpo.

A tipologia canceral é determinada pela espécie de célula acometida. Quando agridem tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, se nominam carcinomas. Se são os tecidos conjuntivos a estrutura atacada, como osso, músculo ou cartilagem, se chamam sarcomas.

O câncer surge de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula que recebe instruções erradas para suas atividades. O DNA, localizado no núcleo celular, contém todas as informações bioquímicas para a realização das funções da célula.

Os fatores de risco são variados e constituem um complexo que inclui genética, exposição a agentes de um ambiente físico, hábitos ou costumes de determinado espaço social e cultural etc.

Na Atenção Básica Municipal, o tratamento do câncer segue os procedimentos e critérios expostos no protocolo oncológico e no fluxograma correspondente.

Clique nas ligações abaixo para visualizar o protocolo, o fluxograma, tabela de vinculações das instituições credenciadas para tratamento oncológico e o passo-a-passo do processo de triagem oncológica.

Fluxograma de oncologia adulto

Protocolo oncológico

Passo-a-passo da triagem oncológica

Fluxograma onco-infantil



Centro de Referência em Doenças Crônicas

Criado em 2016, o Centro de Referência em Doenças Crônicas – Diabetes, Obesidade e Hipertensão (CDOHC), que funciona no Bloco B do Pam Salgadinho, têm a proposta de estabelecer uma linha de cuidados para pacientes das três doenças que causam mais morte em adultos, de modo a acolhê-los e prestar atenção integral a esse usuário.

Com a linha de cuidados, pode-se estabelecer uma trajetória do paciente dentro do SUS e cada profissional estará capacitado para realizar intervenções de forma organizada e integrada com ações direcionadas para acolhimento, vínculo e responsabilização no encaminhamento desses pacientes.

Serão atendidos pelo Centro de Referência aqueles pacientes que apresentarem complicações decorrentes dessas três doenças. Os usuários devem ser encaminhados pelas próprias unidades de saúde utilizando os relatórios de referência e contrarreferência:

RELATÓRIO DE REFERÊNCIA – DIABETES, HIPERTENSÃO E OBESIDADE

RELATÓRIO DE CONTRARREFERÊNCIA - DIABETES, HIPERTENSÃO E OBESIDADE


As Marcações e encaminhamentos também podem ser feitos pelo seguinte e-mail:

cronicas-centroreferencia@sms.maceio.al.gov.br