Praça Guimarães Passos

A Praça Guimarães Passos, localizada em Maceió, tem uma história que remonta a mais de 40 anos. No passado, o local era marcado pela presença de uma banca de frutas e verduras, administrada por um comerciante local, e uma banca de revistas. Essas bancas, feitas de madeira, foram as primeiras estruturas fixas da praça, servindo à comunidade por muitos anos. Com o tempo, tanto a barraca de frutas quanto a banca de revistas foram removidas, restando apenas as árvores que ainda hoje embelezam o espaço.

A praça passou por sua primeira reforma e, desde então, a área permaneceu relativamente preservada, mantendo suas árvores como uma lembrança viva da história local.

Além de sua importância como ponto de lazer, a praça homenageia o poeta alagoano Sebastião Cícero Guimarães Passos, nascido em 22 de março de 1867. Poeta e jornalista, Guimarães Passos teve uma trajetória marcante na literatura brasileira e na política. Em sua juventude, participou dos conflitos da Revolução de 1893, ao lado dos revoltosos, e precisou se exilar na Argentina. Foi nesse período que escreveu a famosa modinha "A Casa Branca da Serra", inspirada em um amor não concretizado por Antônia Alves de Araújo.

Sua obra atravessou gerações, sendo musicada e interpretada por artistas renomados, como Miguel Pestana, Vicente Celestino e Paraguassú. Guimarães Passos também integrou a Academia Brasileira de Letras, com indicação de Machado de Assis. Em busca de tratamento para a tuberculose, viajou para a Europa, onde faleceu em Paris, em 9 de setembro de 1909. Seu corpo foi trazido ao Brasil em 1921, mas sua memória continua viva, perpetuada na praça que leva seu nome.

Durante a gestão do prefeito JHC, a Praça Guimarães Passos foi revitalizada e ganhou novos atrativos para a população. O espaço foi modernizado com a instalação de um parque infantil, novos bancos e um projeto paisagístico que valoriza a área verde. A revitalização tornou a praça um espaço ainda mais acolhedor para os moradores e visitantes.

A Praça Guimarães Passos, portanto, não é apenas um espaço de convivência e lazer, mas também um local de memória e cultura, celebrando a vida e a obra de um dos grandes poetas alagoanos. Seu legado literário e histórico inspira gerações e reforça a importância da preservação dos espaços públicos que carregam a identidade e a memória da cidade.