Galeria Municipal de Artes
A Galeria Municipal de Artes, localizada na Praça Euclides Malta — antiga Praça do Cine Rex, destaca-se pela singularidade de sua edificação dos anos 60, em estilo protomoderno. A praça, situada no bairro da Pajuçara, possui também uma parada de ônibus em estilo modernista, composta por estruturas de concreto em forma de cascas, que, juntamente com bancos e árvores, harmonizam-se com a construção histórica.
Este prédio já teve diversos usos: foi sede do Lions Clube de Maceió e, posteriormente, um posto de saúde para vacinação infantil. Após um longo período de abandono, foi recentemente restaurado para servir como Galeria Municipal de Maceió, preservando o partido de planta original e destacando elementos como o piso em granilite, portas e janelas de madeira e vidro nas aberturas originais, forro em madeira vinílico, iluminação moderna e acessibilidade. A fachada mantém adornos característicos, incluindo caneluras e um frontão retangular na platibanda.
A praça em frente ao antigo Cine Rex, que recebia este nome devido ao cinema que ali existia, é um marco cultural da cidade. Historicamente, o espaço era um ponto de encontro onde amigos e casais esperavam o início dos filmes, aproveitando para tomar sorvete e comer pipoca. Hoje oficialmente chamada de Praça Euclides Malta, sua vizinhança é composta majoritariamente por estabelecimentos comerciais. Os edifícios antigos, incluindo o próprio cinema, foram descaracterizados ao longo do tempo para dar lugar a novas construções.
Considerada uma Unidade Especial de Preservação Cultural (UEP), a Galeria Municipal foi designada para este status de preservação pelas leis municipais Plano Diretor nº 5486/2005 e Código de Urbanismo e Edificações nº 5593/2007. O conceito central da nova galeria valoriza o próprio prédio como um acervo em si, chamando a atenção pelo restauro e pela preservação de sua estética modernista. Com essa reestruturação, a galeria promete se tornar uma “jóia” cultural de Maceió, atraindo visitantes interessados no patrimônio histórico e na arte.
Por Jéssica Viturino