URS Pitanguinha promove ações no Dia Mundial de Combate à Tuberculose

Data busca chamar a atenção para a prevenção, diagnóstico e adesão ao tratamento da doença

Ana Cecília da Silva / Ascom SMS 24/03/2022 às 13:04
URS Pitanguinha promove ações no Dia Mundial de Combate à Tuberculose
Foto: Victor Vercant/SMS

Nesta quinta-feira (24), Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a Unidade de Referência em Saúde (URS) Pitanguinha realizou uma série de ações para a comunidade. As atividades tiveram o objetivo de reforçar a prevenção da doença e a importância do diagnóstico, estimulando a adesão e a permanência dos usuários ao tratamento.

Graziela Arruda, diretora da URS Pitanguinha, destaca que será um dia inteiro de ações voltadas para os usuários, com profissionais de diversas áreas debatendo sobre temáticas relacionadas à doença. “Nossa unidade funciona nos três horários, com o Corujão da Saúde, então todos eles teremos atividades com música, palestras, distribuição de brindes, materiais informativos e realização do exame PPD, que serve para detectar a tuberculose, para aqueles usuários que chegarem até nós com os sintomas da doença”, explica.

Graziela Arruda, diretora da URS Pitanguinha. Foto: Victor Vercant/SMS
Graziela Arruda, diretora da URS Pitanguinha. Foto: Victor Vercant/SMS

As atividades da manhã foram abertas pela médica pneumologista da URS Pitanguinha, Mirtes Melo. A profissional de saúde iniciou sua palestra falando sobre as formas de transmissão da doença. “A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa que lançam no ar essas partículas do bacilo. Esse bacilo lesa os pulmões e tem repercussão em diversos outros órgãos. Além da tosse persistente, a tuberculose pode ter outros sintomas associados como sangramento, secreção e febre.”, explica a pneumologista.

Médica pneumologista da URS Pitanguinha, Mirtes Melo. Foto: Victor Vercant/SMS
Médica pneumologista da URS Pitanguinha, Mirtes Melo. Foto: Victor Vercant/SMS

“Algumas medidas podem ser tomadas como forma de prevenção da doença, como deixar ambientes domésticos arejados, adotar um estilo de vida mais saudável com alimentação adequada, exercícios físicos, melhores noites de sono, não fumar, os pacientes diabéticos se cuidarem, pois tudo isso influencia na imunidade do organismo e pode agravar quadros de tuberculose”, completa Mirtes Melo, pneumologista da URS Pitanguinha.

O tratamento para a doença só é oferecido pelo SUS e está disponível em todas as Unidades de Saúde, com a administração de quatro fármacos básicos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Todo o protocolo dura seis meses. Atualmente, na URS Pitanguinha existem 25 pacientes em tratamento para a tuberculose. As ações desta quinta contaram com a parceria dos enfermeirandos da Faculdade Estácio de Sá.

Saúde Bucal em pacientes com Tuberculose

Elizabeth Tenório, odontóloga da URS Pitanguinha fala dos cuidados com a saúde bucal dos pacientes com tuberculose. “Partindo da premissa de que toda saúde começa pela boca, todo paciente que tem uma doença que compromete seu sistema imune deve ter sua saúde oral em dia para evitar o agravamento da doença e o aparecimento de outros sintomas da doença como ulcerações na boca”, explica.

Elizabeth Tenório, odontóloga da URS Pitanguinha. Foto: Victor Vercant/SMS
Elizabeth Tenório, odontóloga da URS Pitanguinha. Foto: Victor Vercant/SMS

“Os cuidados com a doença também devem se estender aos profissionais de saúde e com a sua biossegurança. Para atender um paciente com tuberculose, o ideal é que o paciente já esteja fazendo tratamento por pelo menos 15 dias. Devendo ocorrer apenas em caráter de urgência, evitando-se ao máximo procedimentos que gerem aerossóis, como restaurações”, completa Elizabeth Tenório.

Abandono de tratamento

As atividades de prevenção à tuberculose já são desenvolvidas de forma rotineira pelas Unidades de Saúde, mas costumam ser intensificadas em períodos de mobilização. A série histórica 2017/2021 da frequência de casos em Maceió, aponta a notificação de uma média de 500 casos da doença por ano em Maceió.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Tatiana Almeida, outro fator que chama a atenção é o percentual de pessoas que abandonam o tratamento, que chega a 14% dos pacientes diagnosticados.

Coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Tatiana Almeida. Foto: Victor Vercant/SMS
Coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Tatiana Almeida. Foto: Victor Vercant/SMS

“O percentual é considerado preocupante, principalmente, porque os usuários que reforçam esses registros normalmente são pacientes em situação de vulnerabilidade social, como usuários de drogas e/ou álcool, pacientes psiquiátricos, soropositivos e pessoas com condições de vida bastante precárias, o que se torna um grande complicador para a continuidade do tratamento”, explica a coordenadora.

SMS

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