Unidade de Saúde no São Jorge discute racismo e saúde mental com alunos da rede pública
O evento proporcionou um dia de diálogo e apresentações de alunos, com cartazes e falas contra racismo e preconceito
A Unidade de Saúde da Família (USF) José Maria de Vasconcelos Neto, localizada no São Jorge, realizou nesta quarta-feira (23), uma ação de conscientização contra racismo e bullying nas escolas. O projeto que já completou três anos, visa a promoção de saúde e educação, de modo a combater também a violência e as doenças psíquicas ocasionadas pela discriminação e preconceito gerado nesse ambiente.
O evento reuniu profissionais de saúde, comunidade e alunos da Escola Estadual Marcelo Rezende, no Salão de festas Chez Marie, e proporcionou um dia de diálogo e apresentações artísticas de alunos, com cartazes e falas contra racismo e preconceito.
O bem-estar físico, emocional e psicológico foi um dos objetivos dos profissionais da unidade de saúde, que através do Programa Saúde na Escola (PSE), vem proporcionando reflexão e aprendizado dentro do ambiente escolar, fortalecendo a Saúde Mental e Prevenção de Violências e Acidentes junto a estudantes.
“Quando planejamos esse projeto, em alusão ao Dia da Consciência Negra, buscamos ressaltar a beleza negra e abordar temas como racismo, bullying e empoderamento. Criando um maior vínculo não só com as escolas da região que temos parceria, mas com toda a comunidade local, combatendo todo tipo de preconceito e promovendo saúde mental”, destaca Rozenilda Araújo, técnica de enfermagem da USF José Maria de Vasconcelos e uma das idealizadoras do projeto Pérola Negra.
Com estímulo à cultura e saúde das crianças, foram organizadas apresentações artísticas e cartazes que faziam menção ao combate do racismo e ao preconceito. O USF José Maria desenvolveu o projeto Pérolas Negras Mirins para enaltecer, gerar conhecimento e dar vozes a crianças negras e em vulnerabilidade social. Com o acompanhamento de profissionais da saúde, o projeto luta pelo direito igualitário, e inclusive no cuidado com a saúde e educação.
Para a agente de saúde da USF José Maria de Vasconcelos, Sandra Sá Borges, ao gerar voz ativa através de expressões artísticas nas escolas é possível combater o racismo, preconceitos e levar informações aos jovens sobre a importância do diálogo para saúde mental e física.
“Buscamos dialogar com a comunidade e alunos da escola local sobre os impactos negativos que podem reverberar na saúde emocional das crianças, ocasionando depressão, ansiedade, violências físicas e psíquicas”, finaliza a profissional.
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