O programa de Alimentação e Nutrição de Maceió realizou na manhã desta sexta-feira (22), no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no Centro, uma capacitação  sobre introdução alimentar infantil, voltada para médicos pediatras, enfermeiros, agentes comunitários e nutricionais.

O objetivo do curso foi qualificar os profissionais que atuam na Atenção Básica, para a abordagem e orientação adequada das usuárias gestantes, puérperas, além das mães de crianças em período de desenvolvimento nutricional, que passam pela transição alimentar, avaliando as condições socioeconômicas.

Na ocasião, a nutricionista Renata Moura, da SMS, fez uma exposição de temas relacionados à introdução alimentar e evidenciou a importância da promoção da amamentação como alimento padrão ouro; falou do desmame, com inclusão de alimentos saudáveis; além de abordar os impactos dos alimentos no desenvolvimento infantil.

“O desenvolvimento infantil está inteiramente ligado  à introdução alimentar. O primeiro contato é o leite materno recheado de nutrientes, o mais rico para o crescimento do bebê, no decorrer de seu crescimento a introdução alimentar deve ser aos poucos, inserindo na alimentação frutas, e alimentos saudáveis, até mesmo para as crianças se acostumarem com o sabor e degustar. Nós profissionais da saúde devemos estar preparados para orientar as usuárias no que diz respeito, à quantidade, frequência e qualidade de alimentos que irão complementar a alimentação da criança”, informou a nutricionista.

O encontro também contou com a participação da terapeuta ocupacional da SMS, Sara Lins, e com palestra da fonoaudióloga Marília Gabriela, que alertou sobre as dificuldades alimentares e aspectos de desenvolvimento da criança. Além disso, a profissional discorreu sobre mastigação, articulação e fala durante  o crescimento da criança, evidenciando sinais de alerta e cuidado com alimentos que impactam na voz. 

Participação dos profissionais

A enfermeira Lúcia Fátima, da Unidade de Saúde Village Campestre I, participou do treinamento e informou que estava entusiasmada, pois a demanda de introdução alimentar é um tema recorrente no seu local de trabalho. 

“Tenho dificuldade em fazer algumas orientações sobre introdução alimentar. Quando  as mães começam a alterar a alimentação das crianças, fazemos o acompanhamento, e muitas vezes, algumas mulheres não amamentam mais e precisam substituir o alimento, mas  essa substituição está relacionada a condições socioeconômicas, a realidade delas. Estou aqui para me preparar para contribuir na adaptação alimentar das usuárias, mas no contexto e realidade em que elas vivem”, destaca.

Participaram da capacitação médicos pediatras, enfermeiros, agentes comunitários e nutricionais. Foto: Ascom SMS