Para celebrar os 15 anos do marco representado pela criação da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a Gerência de Promoção e Educação em Saúde (GPES) da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) realizou, nesta quarta-feira (1º), o VII Seminário Municipal de Promoção da Saúde, destacando a Promoção da Saúde no contexto das cidades.

Transmitido pelo canal da Promoção da Saúde no YouTube, o evento foi mediado pela gerente da GPES, Adriana Toledo de Paffer, e contou com a participação de profissionais e pesquisadores da área promovendo o diálogo e compartilhamento do conhecimento acerca da educação pública e permanente em saúde.

Um vídeo educativo abriu a atividade, contextualizando Maceió do ponto de vista histórico. O conteúdo trouxe os depoimentos de profissionais de saúde que desenvolvem a PNPS, apresentando os impactos positivos que a promoção da saúde pode trazer, seja na saúde ambiental, na adoção de hábitos como a alimentação saudável ou na atividade física, por exemplo, objetivando uma melhor qualidade de vida.

Conferência magna: “ Caminhos para percorrer”

As argumentações do Seminário foram iniciadas pela farmacêutica e bioquímica Jaqueline Silva Misael. Especializada em Auditoria de Sistemas e Serviços de Saúde e em Gestão da Clínica, Jaqueline pontuou os caminhos percorridos nos últimos 15 anos e a importância das conquistas resultantes dela para a saúde pública.

”Integram esse avanço o Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF); a política para o adolescente, em 2008; e o Programa Vida no Trânsito, em 2010; entre tantos outros que contribuíram para a gestão de uma cidade intersetorial e saudável”, ressaltou.

Mesa redonda “ Caminhos para uma Cidade Saudável”

Num segundo momento do seminário, os debates foram estendidos à Mesa Redonda “Caminhos para uma Cidade Saudável”, onde o nutricionista Jonas Augusto Cardoso da Silveira, profissional com especialização em nutrição infantil, Mestre e Doutor em Ciências e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), descreveu pontos de de extrema importância, frisando a intersetorialidade como fator determinante na construção de uma cidade saudável.

“Para existir uma cidade saudável é necessário uma ação conjunta de diversas áreas, onde alimentação equilibrada, ambiente, boas condições de habitação, transporte, sustentabilidade, segurança pública sejam considerados e oferecidos às comunidades”, destacou Jonas.

Enaiane Cristina Menezes, Doutora em Ciências do Movimento Humano e professora da Universidade Federal de Alagoas, também fez intervenções interessantes acerca das conquistas das políticas de promoção à saúde relacionados à atividade física, como os programas de incentivo à saúde corporal desenvolvidos pelo Nasf e pelo Núcleos de Atividade Física (NAS) do município.

“Projetos como esses mobilizam as pessoas e reduzem a incidência de transtornos mentais, emocionais e de doenças crônicas. Por isso, os investimentos nas políticas nacionais de promoção à saúde são indispensáveis para dar continuidade à construção de indivíduos mais saudáveis e conscientes, contribuindo para uma cidade saudável”, reforçou ela.

Para a arquiteta PhD Ana Maria Girotti Sperandio, Pós-Doutora em Saúde Coletiva, Pós-Doutoranda em Planejamento Urbano Saudável e professora da Unicamp, o planejamento de uma cidade saudável precisa estar pautado no trabalho colaborativo de diversas áreas, levando à construção de um ambiente com um olhar mais humano para a sociedade.

“Não devemos pautar a promoção de doenças e sim algo vital, para resgatar tudo de bom que temos nas pessoas. Dessa forma colaboram para a promoção da saúde pública”, reforçou Ana Girotti.

Ao final do seminário, as abordagens dos especialistas subsidiaram um momento de discussão do grupo, finalizando a atividade com a construção de um painel formatado com elementos para uma cidade saudável.

Nesttor Netto (estagiário)/Ascom SMS