A Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) vai promover, nesta terça-feira (30), um ciclo de palestras sobre a investigação de óbitos maternos, fetais e infantis com ênfase na síndrome hipertensiva, hemorragia pós-parto e na prematuridade. 

A iniciativa é dirigida aos médicos e enfermeiros dos Distritos Sanitários, que atuam na atenção primária, e acontece no auditório da sede da SMS, que fica no Centro de Maceió, das 8h às 12h. As inscrições ainda estão disponíveis através do link http://eventos.sms.maceio.al.gov.br.

A formação será realizada pela área técnica da Vigilância do Óbito Materno, Fetal e Infantil da Diretoria de Vigilância em Saúde e contará com a presença dos palestrantes, o médico neonatologista, Dr. Kielson Garcia, e a médica pediatra e neonatologista, Dra. Sonaly Chiquito.

A atualização acontece em alusão ao Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, último 28 de maio. Segundo a técnica da Vigilância do Óbito Materno, Adriana Alves, a mortalidade materna e infantil são indicadores importantes na qualidade de vida da população, pois grande parte das mortes é evitável. 

“Será muito importante evidenciar para os profissionais que atendem à mulher no ciclo gravídico puerperal. O óbito materno, infantil e fetal são eventos trágicos que representam um problema significativo de saúde pública e precisam ser debatidos. Por isso, a Saúde de Maceió segue executando atualizações de capacitação para minimizar, cada vez mais, a ocorrência de casos”, informa.

Histórico em Maceió

O óbito materno ocorre durante a gestação, o parto ou até 42 dias após o término da gravidez. O óbito infantil refere-se à morte de bebês com menos de um ano de idade. Já o óbito fetal é caracterizado pela morte de um feto antes de seu nascimento, que possua peso estimado a partir de 500 g ou 22 semanas de gestação.

Segundo dados da SMS, as principais causas de óbito materno são hipertensão e hemorragia pós-parto. No período de 2018 a 2022 ocorreram 35 mortes em Maceió, contando com o período da pandemia de Covid-19.

Já em relação à taxa de mortalidade infantil, em menores de um ano, Maceió registrou no período de 2018 a 2022, uma taxa média de 12,74 óbitos infantis para cada mil nascidos vivos.

Em relação aos óbitos fetais, de acordo com a Vigilância de Óbito, o município de Maceió registrou nos últimos cinco anos uma média de 145 casos por ano, cuja soma do período chegou a um total de 725. Em 2023, foram registrados até agora, 49 óbitos fetais.