A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu, na manhã desta quarta-feira (23), o 2º Simpósio em Aleitamento Materno. O evento foi organizado pela Coordenação Técnica de Atenção Integral à Saúde da Criança, sendo realizado no auditório do Centro Universitário Cesmac, no Farol.

A atividade teve o objetivo de compartilhar conhecimentos sobre Aleitamento Materno, promovendo conscientização e visibilidade entre profissionais e alunos da área de saúde. 

A secretária interina de Saúde de Maceió, Bruna Monteiro, prestigiou o simpósio, ao destacar a importância da iniciativa. “Esse tema é bastante caro à sociedade e todo esse mês de agosto é dedicado à mulher, à criança e à amamentação, prática tão importante tanto para a saúde da mãe quanto do filho. Que nossos profissionais possam ser disseminadores desse aprendizado”, afirmou. 

Marglene Oliveira, coordenadora Técnica de Atenção Integral à Saúde da Criança da SMS, ressaltou sobre os desafios  e a importância da campanha de aleitamento.

“Há muita dificuldade de propagar o aleitamento materno e muitas mães não sabem o impacto na saúde da mulher e do bebê. Sobre a questão econômica, por ser um alimento gratuito, é importante esse incentivo, mesmo nas dificuldades. Hoje, por meio de palestras e bate-papos, buscamos esclarecer sobre posições, armazenamento correto, estímulos e dos benefícios para a saúde de ambos”, enfatizou. 

Na ocasião foram  realizadas apresentações e debates referente a diversos temas relacionados à saúde da mulher e do bebê, envolvendo as questões socioeconômicas, de nutrição, além dos benefícios da amamentação, seus desafios, sugestões para melhorias e avanços na valorização e mobilização referente ao aleitamento.

A subsecretária de Atenção Primária, Roberta Borges, destacou que na saúde de Maceió a pauta da amamentação é trabalhada desde o início. “Quando a mulher está no pré-natal já fazemos essa conscientização sobre aleitamento materno e ao longo de todo o acompanhamento reforçamos a sua importância. Então, todos os debates com as diferentes áreas da saúde proporcionam conhecimento e conscientização”, frisou.

Palestrantes

A palestrante Priscila Porto Sales, nutricionista e pós-graduanda em nutrição materno-infantil pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na área de Saúde de São Paulo, destacou sobre a alimentação e suas influências. “A alimentação da mulher influencia na qualidade e quantidade do leite materno.  Todos os nutrientes são passados de mãe para filho e é de suma importância ter essa conscientização e gerar visibilidade a essa causa, pois o leite materno é sinônimo de vida”, pontuou.

Já a palestrante Andrea Pinheiro, que é pediatra e coordenadora do BLH da Maternidade Santa Mônica, enriqueceu o tema com  a questão socioeconômica. Ela abordou a proteção da mulher trabalhadora que amamenta.

“O aleitamento materno exclusivo deve ser mantido até o sexto mês. Após esse período é recomendado que seja introduzido alimentos saudáveis. Recomendamos que a amamentação seja prolongada até os dois anos e meio, ou mais. No entanto, sabemos que a realidade de algumas mulheres é outra. Muitas precisam trabalhar e algumas não têm nem licença maternidade e precisam de um local para a retirada do leite, para que possam levar para casa em segurança”, informou.

Além disso,  foram ministradas palestras com temas como a proteção à mulher trabalhadora que amamenta, pré-natal odontológico, cuidado compartilhado do Método Canguru e o aleitamento materno para  o crescimento e desenvolvimento da criança.

“O foco está ligado diretamente na divulgação das salas de apoio a mulheres que trabalham e amamentam, e que as instituições em que há movimentação desse público, como postos de saúde, escolas, shopping, entre outras, apoiem e esse período, de modo a colaborar na conscientização da saúde da mulher e do bebê que necessita de leite materno”, concluiu Andrea Pinheiro.

Atividade integra campanha Agosto Dourado. Fotos: Victor Vercant/Secom Maceió