Saúde qualifica farmacêuticos sobre importância da evidência científica para a prática clínica
Profissionais aprenderam sobre temas como identificação da veracidade de evidências e aplicabilidade do instrumento no atendimento da população
A Saúde de Maceió promoveu, nesta sexta-feira (28), uma capacitação para farmacêuticos sobre a importância da evidência científica para a prática clínica dos profissionais nas unidades de saúde da capital.
O evento, que foi organizado pela coordenação-geral de Farmácia e Bioquímica da SMS, abordou temas como a importância da evidência como principal guia para definição da conduta farmacêutica, identificação da veracidade de evidências científicas e aplicabilidade do instrumento no atendimento da população.
O coordenador geral de Farmácia e Bioquímica do Município, Paulo Anderson Silva, destacou que a ideia de convocar a categoria para entender melhor sobre o tema surgiu como forma de incentivar a formação de um olhar mais crítico, por parte dos profissionais, para que as condutas resultem em melhores resultados.
“Sabemos que a prática diária do farmacêutico depende de múltiplos fatores, pois estamos lidando com seres humanos e cada um tem uma necessidade diferente. Mas as evidências científicas nos dão um norte e devem ser nosso guia em todo o processo de acompanhamento dos usuários para que nós tenhamos maiores chances de estabelecer condutas assertivas em nossa assistência”, enfatizou.
A professora do curso de Farmácia da Universidade Federal de Alagoas, Sabrina Neves, ministrou toda a capacitação para os profissionais. Segundo ela, a prática farmacêutica precisa estar alinhada às evidências científicas.
“Saúde baseada em evidências é uma forma de raciocínio que envolve desde o diagnóstico até o prognóstico do paciente. Muitas vezes agimos de forma automática em nosso dia a dia, enquanto profissionais, sem parar para analisar o que as evidências científicas estão indicando para, dessa forma, agir com maior assertividade. Viemos aqui para mostrar para os profissionais que, se existe uma base de conhecimento, já testada em estudos sérios, que indica o melhor caminho a seguir, precisamos levar isso em consideração”, destacou.
Ainda segundo a professora, para estabelecer a intervenção do usuário, o farmacêutico precisa levar em consideração um conjunto de aspectos importantes.
“Não se trata de olhar para o que a evidência diz e aplicar indiscriminadamente. Para estabelecer uma conduta adequada, é necessário que o profissional também faça uma análise clínica do paciente e de suas particularidades e necessidades, bem como do próprio perfil profissional e aptidões técnicas para aplicabilidade da evidência. Esse mix de fatores é que deve guiar a prática do farmacêutico durante sua atuação”, detalhou.
Ao final do evento, a professora da Ufal abriu um espaço para discussão sobre o papel do farmacêutico no tratamento da tuberculose. Além de informações sobre o tema, a palestrante lançou perguntas aos profissionais presentes e construiu, em conjunto com os farmacêuticos, estratégias de estímulo ao aumento da adesão ao tratamento em Maceió.
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