A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) promoveu nesta sexta-feira (29), o seminário "Enfrentamento da obesidade na Atenção Primária em Saúde: Ações e desafios”. O evento aconteceu no auditório do Centro Universitário Tiradentes (Unit), em Cruz das Almas,   e reuniu  profissionais de saúde e estudantes de nutrição de diversos municípios alagoanos.

O encontro foi promovido pela Gerência de Promoção e Educação em Saúde (GPES) e Coordenação de Atenção Primária da SMS, com o apoio das Universidades Federais de Alagoas (Ufal) e Paraná (UFPR),  tendo finalidade de fortalecer os programas e propostas de combate a obesidade com trocas de experiências e discussões sobre o tema. 

Durante o seminário foram abordados temas relacionados à promoção de saúde tais como os programas “Saúde na Escola” e “Crescer Saudável”, para crianças de 0 à 10 anos, ques são alunos da rede de ensino municipal e estadual, além dos Núcleos Ampliados de Atividade Física, Educação em Saúde com temáticas de sustentabilidade, saúde mental, infraestrutura e formas alternativas de alimentação saudável como a criação de hortas e feiras orgânicas.

Evento contou com a realização de uma feira agorecológica disponível para os participantes. Fotos: Victor Vercant

“As ações para enfrentamento à obesidade não são exclusivas apenas da saúde. É importante destacar a intersetorialidade. Outras áreas possuem poder e impactos nessa construção, por isso, precisamos trabalhar em conjunto, com a infraestrutura, economia, meio ambiente, segurança pública e educação. As pessoas merecem ter mais acesso a ambientes saudáveis,  não apenas aos obesogênicos”, informa Kelly Barros, nutricionista da GPES.

O professor  doutor em Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Jonas Augusto Cardoso da Silveira foi o conferencista  do evento e discursou sobre cidades saudáveis. 

“As cidades devem produzir saúde, mas na prática não funciona assim. Temos aumento de obesidade e várias doenças crônicas, por isso, os espaços que ocupamos devem ser remodelados, devemos pensar em uma nova forma de fazer gestão públicas no geral. Sé é um direito humano as pessoas terem acesso à comida, também é obrigação oferecer alimentação adequada,” ressalta Jonas Cardoso.

Segundo o conferencista, o combate à obesidade na busca por cidades saudáveis está além da alimentação. É indispensável um olhar sensível e um trabalho colaborativo entre as diversas áreas na construção de uma saúde pública de qualidade. É necessário existirem ações continuadas da educação, para esclarecimentos, com políticas públicas que abranjam  à mobilidade, infraestrutura, segurança, atividade física, fornecendo subsídios para um ambiente sustentável de promoção de saúde.

O estudante de nutrição do Centro Universitário Tiradentes (Unit), Matheus Floriano, falou sobre a importância desse debate. “Essa discussão é enriquecedora para acadêmicos e profissionais de saúde para conhecer quais ações estão sendo realizadas no combate à obesidade, um mal que acomete muitos brasileiros”, destacou o estudante.