Saúde promove roda de conversa sobre notificação de violências interpessoais e autoprovocadas

Evento foi direcionado a estudantes de enfermagem que atuam na Atenção Primária da Rede Municipal de Saúde

Polyanna Monteiro / Ascom SMS 08/05/2023 às 13:14
Saúde promove roda de conversa sobre notificação de violências interpessoais e autoprovocadas
Estudantes aprenderam sobre ficha de notificação compulsória. Foto: Ascom SMS

A Saúde de Maceió promoveu, nesta segunda-feira (8), uma roda de conversa para discutir sobre violências e notificação como instrumento de proteção à saúde. A capacitação, promovida pela Coordenação Geral de Atenção Primária (CGAP) em parceria com a Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Não-Transmissíveis (GVDANT), foi direcionada à formação de estagiários de enfermagem, que atuam na Rede Municipal de Saúde da capital.

O estagiário de enfermagem que integra a CGAP, Danilo Miranda, explicou que o foco principal do evento foi promover um espaço de discussão interdisciplinar sobre a importância da notificação de violências para a elaboração de políticas de prevenção de doenças e promoção à saúde.

“Nós, estagiários, precisamos compreender, com mais profundidade, sobre esse instrumento tão rico e que auxilia de forma determinante na compreensão de como se dá o cenário de violência da nossa população. Esse conhecimento irá refletir positivamente em nossa atuação enquanto estudantes e, principalmente, quando nos tornarmos profissionais da saúde”, destacou.

Como facilitadora do tema, o evento contou com a técnica Rozali Costa, da GVDANT. Segundo ela, a violência é um tema muito complexo, que precisa de profissionais capacitados para agir de forma assertiva na identificação e encaminhamento dos casos.   

“Estamos, sempre, instrumentalizando estudantes e profissionais para que eles possam conhecer, identificar e, a partir disso, notificar esses casos. Um profissional bem informado sobre o assunto vai conseguir perceber os sinais de violência, que muitas vezes são bem sutis e, por isso, é preciso estar atento aos detalhes. Precisamos entender que tudo está interligado e muitas pessoas acabam desenvolvendo doenças decorrentes dessas violências. Quando há uma notificação adequada, conseguimos elaborar um bom perfil epidemiológico e traçar políticas públicas para o público”, esclareceu.

As estudantes de enfermagem Lara de Souza e Sara de Oliveira atuam na Unidade de Saúde da Família Dr. Jorge David Nasser, em  Ipioca. Elas estiveram presentes na roda de conversa e manifestaram satisfação em participar da discussão.

“Recentemente, tivemos contato com duas pacientes vítimas de violência na unidade e foi um desafio para nós, pois são casos delicados que precisam não só do conhecimento técnico, ensinado na faculdade, como também de um olhar humano para agir da forma mais acolhedora possível. Por isso, esse evento é de extrema importância para nós, que daqui a pouco estaremos formados e atuando nos serviços de saúde da cidade”, enfatizaram as estagiárias.

Além dos assuntos técnicos relacionados à ficha de notificação de violências interpessoal e autoprovocadas, os estudantes também contaram, nesta segunda-feira (8), com um espaço para discussão de suas experiências nas unidades e desafios encontrados, com posterior construção coletiva de estratégias práticas para atuação na diversidade de casos que surgem nas unidades de saúde.

SMS

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