Saúde participa de audiência pública para avaliar ações do Outubro Rosa

Redação 05/11/2021 às 08:43
Saúde participa de audiência pública para avaliar ações do Outubro Rosa

Durante audiência, foram apresentadas as principais ações do município voltadas para a prevenção e o cuidado de pessoas com câncer de mama

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde participaram na manhã desta sexta-feira (5), de uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Maceió. Em pauta, a discussão de políticas públicas de prevenção e cuidado com as pessoas com câncer de mama e a avaliação das ações desenvolvidas durante a campanha do Outubro Rosa. A audiência ocorreu em formato híbrido, cumprindo as recomendações sanitárias diante da pandemia da Covid-19, e foi presidida pela vereadora Teca Nelma, responsável por propôr a discussão.

Audiência pública discute ações voltadas para mulheres vítimas de câncer de mama. Foto: Ascom/SMS

A chefe de gabinete da Saúde, Célia Resende, esteve presente na audiência, representando a secretária de Saúde de Maceió, Célia Fernandes, e destacou as iniciativas realizadas pelo município durante a campanha. “Em outubro, 31 unidades de saúde estiveram envolvidas na ação, promovendo para as usuárias atividades de autocuidado, ampliação da oferta de mamografias, além de outros exames preventivos, atendimentos médicos, testes rápidos e outros serviços. O objetivo da gestão é trabalhar essas ações de forma contínua, não só em outubro”, afirma.

A chefe de gabinete da Saúde, Célia Resende falou das ações desenvolvidas durante o mês. Foto: Ascom/SMS

“No Outubro Rosa, realizamos ações durante todo o mês, mas no dia D da campanha, que ocorreu em 23 de outubro, demos um salto na oferta desses serviços, tendo realizado 380 consultas com ginecologistas e outras especialidades, 257 citologias, 300 testes rápidos, 200 atendimentos odontológicos e 520 encaminhamentos mamografias. Também equipamos o Pam Salgadinho e o II Centro de Saúde com mamógrafos, para que cada vez mais mulheres tenham acesso a esses exames”, completa Célia Resende, chefe de Gabinete da Secretaria de Saúde de Maceió.

A vereadora Teca Nelma, que presidiu a audiência, apresentou para os presentes as estatísticas de casos de câncer de mama em Maceió. “A cada 100 mulheres, 34 tem câncer de mama e muitas têm dificuldades de acesso aos exames e tratamentos e muitas vezes falta apoio estrutural e financeiro para elas nessa luta. Por isso, essa audiência é importante para que homens e mulheres debatam esse tema, apontem dificuldades, para que possamos dar andamento a essas demandas durante todo o ano”, afirma a vereadora.

Além da vereadora Teca Nelma e da representante da Saúde Municipal, Célia Resende, a mesa foi composta pela deputada federal Tereza Nelma que apresentou às mulheres sua trajetória de luta contra o câncer e políticas públicas para a área; Giullyane Matos, presidente da Apecan; Rayanne Tenório, Secretária de Gestão de Maceió; Caroline Costa, da Comissão de Apoio aos Direitos das Pessoas com Câncer da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) e Olga Miranda, presidente do Conselho Estadual da Mulher.

Deputada federal Tereza Nelma participou da audiência e apresentou às mulheres sua trajetória de luta contra o câncer e políticas públicas para a área. Foto: Ascom/SMS

Participação de organizações da sociedade civil

Representando as mulheres vítimas de câncer de mama, Giullyane Matos, presidente da Associação Estadual de Pessoas com Câncer (Apecan) falou sobre a expectativa para a discussão. “Participamos hoje com o objetivo de expor as dificuldades que a gente encontra na instituição junto às pacientes oncológicas, que são acompanhadas por nós, e com as de demanda espontânea, que nos procuram para fazemos exames de citologia, mamografia e consultas médicas”, afirma.

Mulheres atendidas pela Apecan que participaram da audiência. Foto: Ascom/SMS

Segundo a presidente, as principais dificuldades encontradas por essas mulheres são as dificuldades de marcação de exames para pacientes já diagnosticadas e que são acompanhadas pelos Centros de Referência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons) e também a demora para a marcação de exames para diagnóstico precoce. “Então com essa discussão, pretendemos discutir melhor esses fluxos de acesso para as mulheres de Maceió. É muito importante esse tipo de encontro entre as instituições envolvidas no cuidado com as mulheres”, destaca Giullyane Matos.

Ao final da audiência, as mulheres que participaram da audiência e que foram vítimas da doença contaram sua trajetória de vida, compartilharam suas principais dificuldades durante o tratamento do câncer de mama e fizeram perguntas para os membros da mesa, com o objetivo de sanar dúvidas e para que sejam pensadas estratégias para tornar o acesso dessas mulheres cada vez mais rápido aos serviços de saúde.

Ana Cecília da Silva – Ascom/SMS

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