Saúde Mental: Residências Terapêuticas buscam dar autonomia a pacientes
Em Maceió, sete residências estão em funcionamento e acolhem usuários vindos de longas internações em instituições psiquiátricas
O Serviço Residencial Terapêutico se consolidou como um modelo de atenção à Saúde Mental que busca desenvolver a autonomia de pacientes internados por longos períodos em hospitais psiquiátricos. Em Maceió, o serviço funciona desde 2017 com sete unidades, quatro masculinas e três femininas, cada uma delas com 10 usuários.
Iracema e Cleonice são duas moradoras da Residência Terapêutica da Mangabeiras e participaram ao longo desta semana de muitas atividades, como passeios no shopping e compras. “Essas duas usuárias não tinham autonomia sobre os benefícios previdenciários a que tinham direito, ele estava na mão de terceiros. Com a ajuda dos profissionais da residência e da Defensoria Pública, elas puderam voltar a receber o próprio dinheiro e com isso elas puderam voltar a exercer sua autonomia, comprar suas próprias coisas, representando um resgate à sua cidadania”, explica Roseane da Silva Farias, assistente social da Gerência de Atenção Psicossocial (GAP) da SMS.
Essas casas ficam restritas à moradia. A assistência médica e terapêutica prestada a esses usuários acontece nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) referenciado para cada uma dessas casas. Cleonice e Iracema são atendidas pelo Caps Rostand Silvestre, localizado na Jatiúca, que referência para a residência da Mangabeiras. Para prestar assistência integral a esses usuários, as residências contam com cuidadores, enfermeiros e terapeutas ocupacionais que prestam assistência 24 horas a esses pacientes.
Para Sheila Erika Ferro, gerente de Atenção Psicossocial da SMS, esse atendimento é de fundamental importância para dar continuidade às ações de desinstitucionalização desses pacientes. “Essas ações promovem um tratamento mais humanizado para aos usuários. Junto a isso, nas redes de atenção prestamos acolhimento com nossos Núcleos de Cultura e sempre fazemos um acompanhamento para que a rede seja articulada da melhor forma possível”, afirma a gerente.
Demais atividades
Além da buscar resgatar a autonomia desses usuários em suas atividades diárias, como sair, fazer compras, ir à praia, os pacientes também participam de oficinas terapêuticas de desenho e pintura, que promovem a expressão de seus sentimentos através da arte. Todas essas atividades são acompanhadas pelos profissionais que dão suporte a esses locais.
As residências buscam, sobretudo, reintegrar os doentes mentais graves à comunidade, de modo a extinguir o modelo de internação em hospital psiquiátrico. O serviço é gerido por meio de um convênio com a Associação de Usuários e Familiares de usuários dos serviços de saúde Mental de Alagoas (ASSUMA).
Ana Cecília da Silva – Ascom/SMS
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