Saúde divulga novos índices de infestação do Aedes aegypti em Maceió

Dados reforçam necessidade de a população adotar cuidados preventivos nos domicílios

Cássia Oliveira / Ascom SMS 18/07/2022 às 16:21
Saúde divulga novos índices de infestação do Aedes aegypti em Maceió
Foto: Reprodução da Internet

Refletindo o crescimento do número de casos de dengue, chikungunya e zika no município, o boletim do 3º Liraa foi realizado em 16.537 imóveis no período de 04 a 08 de julho pela Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

E o resultado mostrou, em Maceió, um índice de infestação predial de 3,5%, que aponta 24 (49%) dos 50 bairros da cidade em situação de alerta para o controle do Aedes, com médio risco de epidemia das arboviroses transmitidas pelo mosquito. Quinze bairros (31%) são considerados em alto risco, mas outros 10 (20%) mantêm a situação sob controle, de forma satisfatória.

Levantamento fornece informações para direcionar ações do município. Foto: Victor Vercant/Ascom SMS
Levantamento fornece informações para direcionar ações do município. Foto: Victor Vercant/Ascom SMS

Neste 3º LIRAa, as localidades que apresentaram índices mais elevados de infestação com risco de epidemia foram os bairros do Ponta Verde (18,9%), Jardim Petrópolis (18,5%), Poço (9,2%), Garça Torta (7,5%), Santo Amaro (7,08%), Jatiúca (6,95%), Chã da Jaqueira (6,66%) e Pitanguinha (6,17%), entre outros, com índices de infestação predial acima de 4%.

“Desde a última sexta-feira (15), já definimos o novo ciclo de visitas domiciliares nas localidades com altos números de criadouros com focos do mosquito, onde nossas equipes de agentes de endemias irão intensificar as ações em mutirões, promovendo um controle mais efetivo com o tratamento e eliminação dos focos e o reforço na orientação dos moradores”, destacou a responsável pela Gerência, Carmem Samico.

O levantamento – que orienta as ações de controle do Aedes e identifica as áreas com o maior número de focos de reprodução do mosquito – também apontou os tipos de criadouros mais predominantes, onde se destacam os depósitos em nível de solo ou que podem ser removidos, como tonéis (33,3%), tanques (32,7%) e baldes (14,7%).

Ações também se estendem a terrenos baldios. Foto: Ascom SMS
Ações também se estendem a terrenos baldios. Foto: Ascom SMS

Embora o material descartado como lixo – recipientes plásticos, garrafas, latas, etc. – ainda representem 28,8% dos criadouros encontrados com larvas, os recipientes ornamentais – vasos de plantas e plantas com água, por exemplo, também registraram um índice considerável, de 25,5%.

“Temos buscado trabalhar em parceria com população, reforçando as orientações e estimulando que cada um faça, a cada 15 dias, a própria inspeção em seu domicílio, mantendo os cuidados necessários com o acondicionamento do lixo e a cobertura de reservatórios de água, entre outras medidas”, reforça Carmem Samico.

Carmem Samico, gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da SMS. Foto: Ascom SMS
Carmem Samico, gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da SMS. Foto: Ascom SMS

A gerente lembra ainda que é possível também lançar mão do Disque Denúncia (82) 3312-5495 para denunciar situações de risco, como terrenos baldios, piscinas desativadas e casas abandonadas ou solicitar uma visita de inspeção.

Registros

Com o registro de casos até o dia 09 de julho deste ano somando 4.893 notificações para dengue, o município de Maceió apontou um aumento de 472,95% em relação ao número de casos notificados no mesmo período de 2021, que foi de 854 casos.

Em relação à Chikungunya, no período citado, foi registrado um crescimento de 3.119,14%, com 1.513 casos notificados em 2022, contra 47 casos suspeitos em 2021. E no que diz respeito à Zika, o registro foi de redução de 6,06% de casos neste mesmo período, o que diminuiu a notificação de casos de 33 em 2021 para 31 em 2022.

“É preciso estar atento a qualquer situação de acúmulo de água que possa servir de criadouro para o Aedes aegypti, possibilitando o aumento da transmissão das arboviroses. Vamos seguir com um trabalho minucioso, mas precisamos contar com a colaboração de todos para reduzir e superar o risco de uma epidemia”, ressalta Carmem.

SMS

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