Saúde capacita profissionais avaliação neurológica simplificada e prevenção de incapacidades na hanseníase
Treinamento foi direcionado a médicos e enfermeiros da Atenção Primária e focou na prevenção de incapacidades em decorrência da doença
Médicos e enfermeiros que atuam na Atenção Primária de Maceió participaram nesta quinta-feira (22) de uma capacitação sobre avaliação neurológica e prevenção de incapacidades de pacientes com hanseníase. O treinamento ocorre em três dias, 21, 22 e 23 de setembro.
O treinamento ocorreu no II Centro de Saúde Dr. Diógenes Jucá Bernardes, no Poço, e representou a continuidade das ações do projeto desenvolvido pela Fundação Sasakawa, que busca realizar um trabalho voltado para a implementação de ações estratégicas de enfrentamento da hanseníase como problema de saúde pública no Brasil e foi ministrado pela consultora do Ministério da Saúde, Luciana Miranda.
Segundo a terapeuta ocupacional e técnica do Programa de Combate à Hanseníase de Maceió, Andrea Silva, profissionais médicos e enfermeiros foram capacitados em um primeiro momento sobre sobre diagnóstico e tratamento. As atividades práticas desta quinta-feira e sexta, representam o desdobramento dessas atividades, com a avaliação neurológica simplificada e prevenção de incapacidades decorrentes da hanseníase em uma oficina prática. A parte teórica ocorreu na quarta-feira (21).
“Desta vez, ampliamos o treinamento para profissionais da 4º, 6º, 7º e 8º Distritos Sanitários, antes era só com os do 2º, para que possamos passar para esses profissionais conhecimentos sobre como melhorar e ampliar esse atendimento e acompanhamento dos pacientes. Precisamos enxergar que a hanseníase pode ser incapacitante e essa parte de prevenção dessas incapacidades é muito importante para a conduta e manejo do paciente”, explica Andrea Silva.
A técnica do Programa de Combate à Hanseníase de Maceió destaca, ainda, que a prevenção de incapacidades é ampla.
“Temos a poliquimioterapia, a avaliação neurológica e o monitoramento da função neural, pois o bacilo atinge o nervo e é justamente a destruição desse nervo que causa incapacidade. Então precisamos monitorar, detectar e orientar os pacientes sobre a doença e os profissionais sobre as melhores condutas, visto que, Maceió é endêmica para a hanseníase”, completa.
É importante lembrar que o diagnóstico precoce é o ponto alto do para evitar deformidades por conta doença e, por isso, é preciso buscar aos sinais de hanseníase nas condutas diárias das nas unidades de saúde para encaminhar esses pacientes para o tratamento adequado.
Acompanhamento da doença em Maceió
Atualmente, Maceió conta com 58 Unidades de Saúde com o Programa de Hanseníase implantado com ao menos uma equipe capacitada para diagnosticar e acompanhar o paciente e 22 delas contam com usuários em tratamento, que pode durar de seis meses a um ano.
Ele é feito por meio de comprimidos que são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde. Devem ser tomados diariamente até o término do tratamento, isso é muito importante para alcançar a cura. Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis. O tratamento cura a doença, interrompe sua transmissão e previne incapacidades físicas. Quanto mais cedo for iniciado, menores são as chances de agravamento da doença.
Transmissão
O Mycobacterium leprae é transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença. Por isso, todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas.
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