Saúde capacita equipes da Atenção Primária para atendimento de bebês de baixo peso após a alta hospitalar

Rede básica de Maceió será pioneira em Alagoas a integrar assistência prevista pelo Método Canguru

Cássia Oliveira/Ascom SMS 27/04/2022 às 15:29
Saúde capacita equipes da Atenção Primária para atendimento de bebês de baixo peso após a alta hospitalar
Método Canguru. Foto: Reprodução Ministério da Saúde

O Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove, nesta quinta (28) e sexta-feira (29), das 8h às 17h, na SMS, o curso de sensibilização “Método Canguru na Atenção Primária: cuidado compartilhado”. A iniciativa vai fazer de Maceió o primeiro município alagoano a ter profissionais capacitados para o acompanhamento de bebês prematuros e de baixo peso, após a alta hospitalar, na rede básica de saúde.

O curso é voltado para profissionais de nível superior que integram as equipes da Atenção Primária, da Estratégia de Saúde da Família e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) nos II e VI Distritos Sanitários de Saúde. E a partir dele, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento desses bebês – até então realizado apenas pelos ambulatórios das unidades hospitalares – será feito de forma compartilhada e humanizada com as unidades de saúde da rede municipal.

“Estamos construindo uma linha de cuidado que integra a Atenção Hospitalar e a Atenção Primária, para garantir a assistência em saúde ao recém-nascido de alto risco e baixo peso após a alta hospitalar, quando ainda necessitam de acompanhamento diferenciado, com atendimento prioritário e um olhar voltado ao cuidado de possíveis sequelas”, explica a fisioterapeuta Edjane De Biase, tutora do Método Canguru na Atenção Primária e Hospitalar do Município e articuladora da atividade de sensibilização.

Fisioterapeuta Edjane De Biase. Foto: Ascom SMS
Fisioterapeuta Edjane De Biase. Foto: Ascom SMS

A capacitação contará com a participação de 40 profissionais de saúde e será ministrada, além de Edjane de Biase, pela terapeuta ocupacional Manuela Albuquerque Lima, pela fonoaudióloga Mére Lander Moreira Lins, pela fisioterapeuta Gabriella Almeida, pela psicóloga Regina Japiá e pela nutricionista Renata Moura Protásio, tutoras do Método Canguru no Estado, além da médica pediatra Sirmani Melo Frazão, coordenadora estadual do Método Canguru.

O modelo Canguru

O Método Canguru é um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família, internado na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, voltado para o cuidado humanizado, que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial. Nele é estimulada a presença dos pais na unidade neonatal com o livre acesso e a participação nos cuidados com o filho. Estes devem ser individualizados, respeitando o sono e o estado comportamental do recém-nascido. O pai e a mãe são orientados a tocar o filho e a realizar a posição canguru precocemente.

A ação é desenvolvida em três etapas – do pré-natal da gestação de alto risco, até a internação do recém-nascido pré-termo na Unidade Neonatal; após o parto, ainda na unidade hospitalar, onde o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe, que participa ativamente dos cuidados do filho; e, na terceira etapa, quando o bebê vai para casa e é acompanhado, juntamente com sua família, pelo ambulatório do seu hospital de origem e pela Unidade Básica de Saúde, até atingir o peso de 2,5kg.

Entre os principais benefícios que o Método Canguru traz aos bebês e suas famílias estão: o fortalecimento do vínculo mãe-filho; o estímulo ao aleitamento materno; o favorecimento de um melhor desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo do recém-nascido de baixo peso; além de favorecer a estimulação sensorial adequada.

SMS

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