Saúde alerta para riscos da automedicação em suspeita de dengue

Especialista orienta população a procurar atendimento médico no caso de sintomas que possam ser associados à doença

Marília Ferreira/Ascom SMS 04/03/2024 às 09:44
Saúde alerta para riscos da automedicação em suspeita de dengue
Automedicação pode agravar sintomas, por isso é importante procurar atendimento médico. Foto: Reprodução/Internet

Visando garantir a segurança da população, principalmente nesse período em que os casos de dengue têm se intensificado em todo o país, a Secretaria de Saúde de Maceió orienta sobre o uso de medicamentos indicados e contraindicados para o tratamento correto da doença, além de alertar sobre os riscos que a automedicação pode trazer nos casos suspeitos dessa enfermidade. 

A dengue é uma doença bifásica, ou seja, ela tem duas fases: a primeira é caracterizada por sintomas como febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, nas articulações, náuseas, enjôos e aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo. Já na segunda fase - dengue grave -, que começa a acontecer após uma semana, o paciente apresenta dor abdominal, vômitos e tonturas, além de poder ter ou não sangramento nas mucosas, encaminhando-o para um quadro de gravidade, o que pode levá-lo à óbito.

Para enfrentar esses sintomas de forma correta, o médico infectologista Renee Oliveira destaca que é fundamental, primeiramente, buscar orientação médica para receber o tratamento adequado e evitar consequências graves para a saúde.

“Ao apresentar sintomas como esses, antes de tudo é importante procurar um atendimento médico. Automedicar-se pode ser perigoso, especialmente quando há suspeita de dengue. Quando a doença se encaminha para uma situação de hemorragia, o principal fator é a coagulação, as plaquetas ficam baixas e a coagulação não vai acontecer como deveria acontecer. Fazer o uso de aspirina, anticoagulantes e alguns antiinflamatórios, como ibuprofeno, por exemplo, pode atrapalhar ao invés de ajudar na melhora dos sintomas”, explica.

Renee Oliveira, médico infectologista do Município. Foto: Ascom SMS
Renee Oliveira, médico infectologista do Município. Foto: Ascom SMS

Em relação aos medicamentos recomendados que devem ser usados, o infectologista orienta o uso de apenas dois remédios. “Tanto para o tratamento da dengue, como também para zika e chikungunya, em suas fases iniciais, seguem-se as mesmas medicações, que é paracetamol ou dipirona, acompanhado de muita hidratação e repouso”, orienta.

Sobre a doença

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme). A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

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