Programa Saúde na Escola discute sobre cultura de paz e prevenção à violência
Oficina reuniu profissionais de ensino para abordar a importância de desenvolver ações que previnam a violência e notificar casos entre alunos
A Gerência de Promoção e Educação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (GPES/SMS), por meio do Programa Saúde na Escola (PSE), promoveu, nesta quinta-feira (1º), a oficina “Promoção da Cultura de Paz e Prevenção das Violências na Escola”. O evento aconteceu no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), localizado no Farol, e reuniu professores, coordenadores pedagógicos, articuladores de ensino e diretores de 32 escolas estaduais que integram o PSE.
A exposição teve o objetivo de abordar a temática entre os profissionais e discutir formas de desenvolver ações que abordem a prevenção das violências no âmbito escolar, além de reforçar a identificação e notificação dos casos de violência que possam acontecer entre os alunos.
A técnica responsável do Programa Saúde da Escola, Adriana Xavier, destacou que o evento é um momento para refletir e pensar na amplificação de atividades que fomentem a cultura de paz nas escolas.
“Esta oficina é uma ação conjunta entre nós, que fazemos parte da Saúde de Maceió, e todos que fazem a Educação, pois essa temática já foi abordada inúmeras vezes dentro das salas de aula. Através dessa discussão, queremos levantar reflexões aos profissionais de ensino sobre a prevenção das violências no ambiente escolar, para que possam desenvolver ações que promovam a cultura de paz dentro das escolas”, afirmou.
“A discussão sobre o tema é muito importante, pois contribui para o fortalecimento da rede de proteção. O enfrentamento das violências nas escolas, infelizmente, é um grande problema de saúde pública que impacta diretamente na saúde física, mental, social, econômica, no desenvolvimento cognitivo e nas relações humanas de uma forma geral”, enfatizou a gerente de Promoção e Educação em Saúde, Adriana Paffer.
Saúde e violência
Regina Japiá, psicóloga da SMS, foi uma das facilitadoras da capacitação. Ela falou sobre a relação da saúde com violência e destacou a escola como um lugar significativo na transformação do indivíduo.
“O fenômeno da violência perpassa em todas as esferas da sociedade. A saúde é uma delas. Não tem como uma pessoa que foi acometida por um episódio de violência agudo, ou viva em uma situação de violência crônica, que não tenha impacto em sua saúde física ou emocional. Então, a violência afeta diretamente a saúde do indivíduo. Mas a escola é um equipamento muito importante para a formação de cidadãos, que tem um papel formador e transformador. Por isso, esse é um momento para gerar reflexão acerca das formas de trabalhar a cultura de paz nas salas de aula”, explicou.
Notificação da violência
A assistente social Rozali Costa é técnica da Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis da SMS. Na exposição, ela ressaltou a importância da notificação de casos de violência dentro do ambiente escolar.
“A notificação é uma dimensão da linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violência. Ela prevê acolhimento, atendimento e seguimento na rede de cuidado. Essa notificação de casos deve ser realizada como um instrumento importante de proteção e não de denúncia e punição. É um direito que promove bem-estar físico, social e emocional livre de qualquer forma de violência, opressão ou negligência”, apontou.
“O Conselho Tutelar é o primeiro órgão que deve ser acionado pela escola, quando esta identificar e notificar o caso. A notificação vai facilitar o encaminhamento de casos de violência entre os alunos”, conclui a assistente social.
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