Profissionais de Saúde das UPAs participam de treinamento para acolher vítimas de violência
Iniciativa visa identificar e notificar sinais de práticas violentas cometidas contra usuários que procuram as Unidades de Pronto Atendimento
Em um trabalho contínuo para fortalecer a segurança e o acolhimento de usuários que procuram os serviços de saúde nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Coordenação Técnica de Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis, está intensificando as ações para enfrentar todas as formas de violência.
Desde o ano passado, a equipe responsável pela vigilância das violências nos serviços de saúde vem dedicando especial atenção as oito UPAs existentes no município de Maceió. O objetivo primordial do trabalho é apoiar os profissionais de saúde no momento do atendimento aos usuários, garantindo um acolhimento sensível e a identificação precoce de possíveis sinais de violência, além de reforçar a importância da notificação de violência e seguimento para a Rede Intersetorial.
A iniciativa abrange todos os profissionais de saúde que atuam nas UPAs, desde médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e farmacêuticos. O foco está em proporcionar aos trabalhadores ferramentas educativas e de consulta para que possam identificar e notificar prontamente casos de violência, que podem ser interpessoais (física, sexual, psicológica, entres outras) como também autoprovocados (autolesão ou tentativa de suicídio).
A responsável técnica pela área de Violências e Acidentes da Diretoria de Vigilância em Saúde, Rozali Costa, ressaltou como o trabalho vem sendo conduzido.
“Qualquer situação de violência que chegar à UPA, o profissional de saúde deve acolher, notificar e fazer o encaminhamento, dando segmento para a Rede. No caso das violências autoprovocadas, que são as tentativas de suicídio e autolesão, automutilação, o profissional precisa de uma tomada rápida de decisão para assim, evitar o óbito. É de fundamental importância que essa pessoa seja vinculada a um serviço da Rede de Atenção Psicossocial, seja uma unidade de saúde com um profissional psicólogo, psiquiatra, ou até aos próprios CAPs”, explicou Rozali.
O trabalho de vigilância e capacitação inclui a realização de visitas técnicas às unidades, seguidas de treinamentos específicos. Até o momento, três UPAs já receberam o treinamento, tais como as unidades situadas no Jaraguá, Trapiche da Barra e Cidade Universitária.
O próximo treinamento está agendado para a UPA que fica localizada no Jacintinho, no dia 17 de abril.
As UPAs situadas na Santa Lúcia, Tabuleiro do Martins, Benedito Bentes e Chã da Jaqueira, também estão na agenda para receberem o treinamento até o mês de junho deste ano, completando o ciclo de capacitação em todas as unidades.
A responsável técnica ainda destacou que todos os serviços de saúde públicos e privados da capital já receberam o treinamento. A atualização é feita sempre que houver demanda, bem como a implantação de novos serviços de saúde.
“É importante ressaltar que as UPAs desempenham um papel crucial como porta de entrada para casos de violência, especialmente as autoprovocadas, como tentativas de suicídio e autolesão e automutilação. Portanto, o treinamento intensivo nessas unidades é fundamental para garantir uma resposta rápida e eficaz diante dessas situações delicadas”, completou Rozali.
Para a técnica, a Prefeitura de Maceió reafirma seu compromisso em promover um ambiente seguro e acolhedor em todas as unidades de saúde da cidade, reforçando a importância da vigilância ativa e do apoio aos profissionais de saúde na identificação e enfrentamento das diversas formas de violência.
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