Nutrição comportamental é tema de capacitação para profissionais da Saúde de Maceió
Treinamento abordou assuntos como mitos e verdades sobre alimentação, relação saudável com o alimento, além da identificação e do atendimento assertivo em casos de transtornos alimentares na adolescência
A nutrição comportamental foi o tema discutido com os profissionais da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS), nesta quarta-feira (26), no auditório da pasta, que fica no Centro de Maceió. A iniciativa partiu de uma parceria entre os programas de Atenção à Saúde Integral do Adolescente e de Alimentação de Nutrição da SMS. Médicos, enfermeiros, nutricionistas, agentes comunitários de saúde, dentre outros trabalhadores estiveram presentes no evento.
A coordenadora da Saúde do Adolescente, Tereza Paes, explicou que a escolha do tema surgiu após a constatação do aumento do número de adolescentes com transtornos alimentares na cidade.
“Estamos, constantemente, acompanhando as ações desenvolvidas nas unidades de saúde para, com isso, traçar estratégias que aperfeiçoem o serviço ofertado ao público. O tema abordado, hoje, surge justamente da constatação de um crescente índice de adolescentes que, por questões diversas, têm encontrado na comida uma válvula de escape para suas frustrações, desenvolvendo, assim, transtornos alimentares”, disse.
A técnica da Alimentação e Nutrição da SMS, Laís Cerqueira, complementou dizendo que o evento também atua para desmistificar muitas informações veiculadas de forma equivocada no ambiente digital.
“Sabemos que os jovens são influenciados diretamente pelas mídias digitais, mas também temos consciência do número de informações falsas que tem sido divulgadas nesses ambientes. Esse treinamento vem para preparar nossos profissionais para melhor orientação do público e de suas famílias quanto ao que é verdade ou mentira sobre a relação saudável com o alimento”, enfatizou.
O treinamento contou com a palestra da nutricionista comportamental Mariana Brandão. A profissional afirma que é preciso entender a relação da pessoa com a comida e afastar a ideia de que alguns alimentos estão proibidos de fazer parte do cardápio diário das pessoas.
“O transtorno alimentar, muitas vezes, começa justamente com essas dietas restritivas e cheias de proibições. Alimentação é muito mais do que permitir ou proibir determinados alimentos. Estamos buscando saúde e, por esse motivo, precisamos entender o contexto de cada pessoa e, antes de impor a alimentação ideal, pensar na alimentação possível para cada um”, explicou a nutricionista.
Diante dos presentes, a profissional também afirmou que dentro do processo de reconstrução da relação saudável com o alimento, é necessário observar questões relacionadas à real apreciação do sabor das comidas ao contexto em que esse alimento está inserido.
“Tudo interfere na maneira como a pessoa vai encarar o alimento e, muitas vezes, o contexto em que aquela comida está inserida influencia na saúde tanto quanto o próprio alimento. Um brigadeiro que se come em família com satisfação pode trazer mais saúde, por exemplo, do que uma salada que se coma por obrigação e com frustração”, ressaltou.
O treinamento também contou com a participação dos profissionais presentes que expuseram opiniões e tiveram suas dúvidas esclarecidas pela palestrante do dia. Ao final, os participantes receberam certificado de participação e aproveitamento na capacitação.
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