Além do lanche, crianças receberam material recreativo e terapêutico

Paulo Ricardo é um dos usuários do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) Dr. Luiz da Rocha Cerqueira, que fica no Conjunto José Tenório (Serraria). Acompanhado pelos profissionais da unidade há três anos, o menino, que tem 10 anos, recebeu um kit natalino, nesta sexta-feira (18), produzido em alusão a confraternização, que este ano teve que ser adaptada.

“Eu gosto quando eles mandam as atividades e fico feliz, sim. Eu também gostava de ir pra lá e dos tios, sinto falta de desenhar e brincar lá”, comentou Paulo, que é morador do Jacintinho.

Os kits contam com bolo, cachorro-quente, salgadinho, chocolate, entre outras guloseimas, além do material recreativo e terapêutico, personalizado para cada paciente e entregue em sua residência.

A terapeuta ocupacional Maria Luiza Morais conta que ações como essas são importantes para manter e fortalecer o vínculo com os usuários durante a pandemia. “O Capsi montou um lanchinho que tem chocolate, bolo, cachorro-quente, enfim, tem as coisas que as crianças gostam. A gente deixa na casa das crianças com um cartãozinho de Feliz Natal e ainda com algumas orientações”, explica.

Robson da Costa, motorista e responsável por parte das entregas, relata que as crianças ficam muito felizes quando recebem os materiais enviados pela equipe do Capsi. “Eles reagem de forma bem alegre, feliz, porque estão recebendo o kit e estão sendo lembrados. No Dia das Crianças houve a entrega de materiais, brinquedos e kit de higiene e álcool em gel também”, contou.

Acompanhamento durante a pandemia

Para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, o serviço precisou suspender as oficinas que reuniam três turmas diferentes por turno, cada uma contando com cerca de dez crianças ou adolescentes.

“A gente passou a atender os acolhimentos e urgência e emergência de forma presencial e as atividades passaram a ser feitas de forma virtual. Então, no horário da oficina deles, a gente liga ou faz chamada de vídeo, com a criança e com o responsável. E uma vez na semana eu oriento esses familiares e se precisar de orientações individual a gente faz também”, informa Maria Luiza.

Os usuários recebem ainda, todos os meses, atividades mensais que correspondem aos dias da semana que eles iam ao Capsi antes da Pandemia. “Se ele vinha toda segunda, por exemplo, a gente manda quatro atividades referentes a cada uma das segundas do mês. E eu acompanho a criança pelo WhatsApp, orientando sobre como fazer a atividade. E eles mostram o que fizeram, ficam contentes e felizes, sentem que nós ainda estamos preocupados com eles, que não estão largados, inclusive os pais”, comenta a terapeuta ocupacional.

Para a mãe de Paulo, Maria Betânia, o acompanhamento tem sido fundamental. “Eles ligam, marcam a consulta, eu consigo pegar as medicações dele. o acompanhamento está acontecendo, está tudo certo, e eu acho importante ter esse contato”, disse.

O atendimento médico, acolhimento dos pacientes e dispensação de medicamentos continuou acontecendo normalmente.

Graziela França/ Ascom SMS