Esta segunda-feira (12) é direcionada ao Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil. A data é uma oportunidade para sensibilizar, informar, debater e dar destaque à violação de direitos de crianças e adolescentes. Por isso, o Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) alerta que o trabalho infantil interfere diretamente no desenvolvimento das crianças e adolescentes e pode trazer graves prejuízos para o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.

Especialistas asseguram que entre as várias complexidades, o trabalho infantil pode expor a criança e o adolescente a riscos de lesões, esforços físicos intensos, muitas vezes superiores às possibilidades de defesa de seus corpos, intoxicação, deformidades físicas e doenças.

No âmbito emocional, eles podem apresentar, ao longo de suas vidas, dificuldades para estabelecer vínculos afetivos em razão das condições de exploração a que estiveram expostos e de maus-tratos que receberam de empregadores.

As assistentes sociais do Cerest, Nelcirleide de Lima e Renata Amorim, produziram um material educativo sobre o tema e informaram a importância de realizar a vigilância do trabalho infantil.

“Esse tema é de extrema importância para nós enquanto Cerest, que atuamos na  vigilância e saúde do trabalhador. O trabalho infantil repercute muito na questão do desenvolvimento social,  no processo de alfabetização, na saúde mental, porque a criança que é explorada acaba pegando uma responsabilidade que vai refletir muito na sua vida adulta em vários aspectos negativos", explicou Nelcirleide.

O CEREST ressalta ainda que o impacto negativo do trabalho infantil na saúde é profundo e abrangente, afetando várias dimensões do bem-estar infantil. As crianças envolvidas nessa prática são expostas a riscos físicos, desnutrição, fadiga, problemas de saúde e traumas psicológicos. Esses efeitos negativos têm impactos duradouros em seu desenvolvimento e bem-estar.

"O trabalho infantil retira da criança e do adolescente as vivências próprias dessas fases da vida, como estudar, brincar, descansar e sonhar”, afirmou Renata. 

Sobre o trabalho infantil 

O Dia de Combate ao Trabalho Infantil fomenta a importância de que todas as crianças merecem uma infância livre de exploração e com oportunidades para crescerem saudáveis e em condições dignas. 

Entende-se por trabalho infantil toda forma de atividade econômica e/ou de sobrevivência, com ou sem finalidade de lucro, remunerada ou não, exercida por crianças e adolescentes que estão abaixo da idade permitida pela constituição federal. 

É proibido o trabalho de menores de 14 anos, também é proibido o trabalho entre 14 e 16 anos, com a ressalva do menor aprendiz, também é permitido o trabalho entre 16 e 18 anos, exceto nas atividades perigosas, insalubres, penosas, naturas (entre 22h e 5h), prejudiciais ou que impeçam a frequência à escola, à sua formação e desenvolvimento físico, moral, psicológico ou intelectual.