Conheça medidas preventivas sobre doença que afeta pele de animais e seres humanos

Esporotricose é um tipo de infeção causada por fungo

Wilson Smith/Ascom SMS 21/10/2023 às 09:00
Conheça medidas preventivas sobre doença que afeta pele de animais e seres humanos
Secretaria de Saúde de Maceió monitora de forma contínua casos de Esporotricose. Foto: Ascom SMS

A esporotricose é uma infecção fúngica que afeta tanto humanos quanto diversas espécies de animais, como cães, gatos, tatus, entre outros bichos. A infecção é provocada pelo fungo Sporothrix e pode resultar em ferimentos e úlceras na pele e mucosas. 

A técnica da Coordenação de Vigilância de Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis (CVTDATNT) da SMS,  Katherine Emery, ressaltou os principais sintomas da esporotricose. 

“O sintoma mais comum da esporotricose é o surgimento de feridas na pele e mucosas, frequentemente acompanhadas ou não de secreção purulenta. Além disso, em casos mais severos, podem ocorrer sintomas como anorexia, febre, desidratação, perda de peso e vômitos, indicando um possível comprometimento de órgãos”, explicou a profissional. 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também reforça que a transmissão em humanos da esporotricose ocorre por meio do contato com a pele lesionada ou traumas. Isso pode acontecer através de espinhos, farpas de madeira, arranhaduras e mordeduras de animais infectados, como cães e gatos.

Se ocorrer arranhadura, mordedura ou respingo de saliva de um animal suspeito de estar com esporotricose, é crucial agir com rapidez. Primeiramente, lave o local afetado com água e sabão. Caso tenha ocorrido contato com a saliva do animal nas mucosas ou na face, é recomendável a lavagem exaustiva com água ou solução fisiológica. Em seguida, busque imediatamente atendimento médico especializado.

Orientações de fluxo com animal suspeito 

O médico veterinário da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de Maceió, Charles Nunes, falou sobre as orientações que devem ser tomadas quando houver casos de animais suspeitos.

“Se o animal for considerado suspeito, a primeira medida seria levar para um serviço veterinário e realizar o diagnóstico. O exame confirmatório é feito através de cultura fúngica. Esse serviço o Município disponibiliza, e é feito na UVZ. Enquanto aguarda o resultado dos exames já pode iniciar o tratamento do animal, que é feito com itraconazol, via oral em conjunto com o isolamento para que ele não tenha contato com outros animais e evitar a transmissão. É fundamental que todo tratamento seja acompanhado do veterinário”, informou. 

O veterinário da UVZ orientou, ainda, sobre o isolamento do animal infectado. “É preciso evitar que o animal fique entrando e saindo do local onde está e que o local seja de fácil higienização, com piso de cerâmica para poder aplicar cloro. É importante que esse animal doente também não fique em contato com outros animais. O tutor deve evitar que o animal saia na rua. Então, tratamento e isolamento em local que seja passível de ser higienizado diariamente com a solução de hipoclorito para fazer a desinfecção é essencial”, alertou Charles Nunes.

Outras orientações

Toda manipulação do animal deverá ser feita, obrigatoriamente, utilizando uma luva. É importante que nesse período de tratamento o animal fique  separado do convívio das pessoas, principalmente das crianças e idosos.

O animal deverá ser levado a um médico veterinário ou encaminhado à UVZ. Se confirmado o diagnóstico, o animal deverá ser tratado e não pode ser abandonado. Se for abandonado, além de crime, seu dono contribuirá para a disseminação da enfermidade. Em caso de morte do animal, seu dono deverá solicitar ao veterinário/UVZ a incineração de seu animal para interromper o ciclo da doença. 

Prevenção 

A  Coordenação Técnica de Vigilância de Doenças e Agravos Transmissíveis e não Transmissíveis da SMS informa que a prevenção, em geral, depende do conhecimento da existência da enfermidade, a qual deve ser imediatamente tratada. 

Por não existir uma vacina contra a esporotricose, o risco de infecção pode ser diminuído utilizando roupas protetoras ao cuidar das plantas do jardim ou outros materiais que possam estar contaminados pelos fungos.

Aos médicos veterinários e tratadores é obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ao manipular animal doente. Para ajudar na prevenção da doença, a Vigilância em Saúde de Maceió realiza de forma contínua ações educativas junto à população para alertar sobre sintomas e transmissão da doença.

Como tratar a Esporotricose Humana

A escolha do tratamento para a esporotricose depende essencialmente da forma clínica da doença e do estado imunológico do paciente. Nunca se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico.

Telefone para informar caso suspeito de Esporotricose em animais

Plantão Unidade de Vigilância de Zoonoses - UVZ - (82) 98882-8240.

SMS

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