Caps Sadi Carvalho promove atividades no Dia da Luta Antimanicomial

Ao longo da semana os serviços de atenção à saúde mental promovem atividades que buscam a integração dos usuários atendidos pelos Caps, profissionais, familiares e comunidade

Ana Cecília da Silva/Ascom SMS 18/05/2022 às 13:29
Caps Sadi Carvalho promove atividades no Dia da Luta Antimanicomial
Usuários contaram com diversas atividades ao longo da manhã. Foto: Ascom SMS

Para marcar as comemorações do Dia da Luta Antimanicomial, celebrado nesta quarta-feira (18), o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Sadi Feitosa de Carvalho, localizado na Chã do Bebedouro, promoveu o 3º “Sadi na Praça”, atividade que realiza a integração entre usuários, profissionais de saúde e comunidade em geral. Durante a manhã, os usuários puderam expor e comercializar produtos artesanais feitos por eles durante as oficinas artísticas desenvolvidas no Caps, além de contar com momentos de descontração com uma aula de zumba.

Uma das usuárias que participou das atividades foi Rosilene Silva, que há 10 anos é assistida pelo Caps para se tratar de um quadro depressivo. Para ela, as atividades desenvolvidas pelo serviço, principalmente as oficinas de artes manuais, tem ajudado muito em seu tratamento.

“Quando estou sozinha em casa me sinto muito só, fico triste, mas quando venho para cá e começo a conversar com as pessoas, fazer meus trabalhos manuais, me distraio, melhoro muito. O Caps é muito importante na minha vida”, afirma Rosilene Silva, usuária do Caps Sadi Carvalho, que confecciona panos de prato bordados à mão ou utilizando a técnica do fuxico.

Usuária do Caps, Rosilene Silva, mostra um de seus trabalhos. Foto: Ascom SMS
Usuária do Caps, Rosilene Silva, mostra um de seus trabalhos. Foto: Ascom SMS

Este ano, a Gerência de Atenção Psicossocial (GAP) de Maceió escolheu como tema “Saúde Mental em Movimento: a Luta Antimanicomial e o cuidado em liberdade”. A definição do tema levou em consideração o movimento da saúde mental no contexto psicossocial de Maceió, focando na relação horizontal entre profissionais, usuários e familiares presentes no cenário do cuidado em liberdade.

A gerente do Caps Sadi Carvalho, Karla Rocha, ressalta que a proposta da Gerência de Atenção Psicossocial é valorizar e trazer as experiências exitosas existentes no serviço.

“Uma dessas experiências está relacionada às oficinas de artesanato, que passaram a empoderar muitas pessoas, que puderam voltar ao seu dia a dia, ter sua própria produção, ganhos financeiros e com isso conseguir uma retomada de vida a partir dessa economia solidária e lógica do trabalho coletivo”, destaca a gerente.

Karla Rocha é gerente do Caps Sadi Carvalho. Foto: Ascom SMS
Karla Rocha é gerente do Caps Sadi Carvalho. Foto: Ascom SMS

“Essa ligação dos usuários com a arte e a cultura é benéfica para o próprio tratamento deles. A presença da arte no cotidiano é um a característica muito forte aqui. Temos grupos de pintura com as Fridas do Caps, grupos de teatro, entre outras, e todas essas atividades de uma certa forma empoderam, fazem com que essas pessoas se sintam reinseridos socialmente e promovem também o vínculo entre eles e seus familiares”, completa Karla.

Confira a programação em outros serviços da rede

– 16 a 20/05 (dois turnos de atendimento): sala de espera com atividades educativas com orientações referentes à importância do cuidado em saúde mental e os dispositivos ofertados na rede de atenção do Caps AD

– 19/05 (14h): apresentação em homenagem à cordelista Dona Mariquinha

– 31/05 (15h às 17h): apresentação do coral “Vôa Vôa” e roda de conversa sobre vínculos familiares, voltada aos familiares e usuários do serviço

Sobre a luta antimanicomial

O dia 18 de maio marca a mudança definitiva na forma de cuidar de pessoas com enfermidades mentais que, por muitos anos, foi pautada no isolamento e maus tratos em manicômios e hospitais psiquiátricos.

Desde a conquista da Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei 10.216/2001), os trabalhadores, usuários e familiares almejam por sua efetivação que propõe o fechamento de todos os leitos psiquiátricos e, com eles, todas as práticas segregativas e violentas, propostas pelos manicômios ao longo de centenas de anos.

Com a Lei, busca-se também construir na sociedade uma cultura de tratamento, convivência e tolerância em relação a esses usuários.

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