Nesta quarta-feira (31), o Caps II Dr. Rostan Silvestre inicia oficialmente o Curso de Geração de Renda, para usuários de todas os Caps. A primeira oficina, com duração de dois meses, vai ensinar a confeccionar panos de prato. Usuários participantes irão aprender corte, costura, bordado, crochê, ponto cruz, manuseio de máquinas, tintura, finalização de produto, apresentação e técnicas de vendas. No final, poderão vender suas produções e também receberão uma carteirinha de artesão.

A ação é promovida pelo Núcleo de Reabilitação Psicossocial, Cultural e Economia Solidária da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS), que já realizou diversas oficinas artesanais com finalidade terapêutica e também de inserção dos participantes no mercado de trabalho.

As atividades são desenvolvidas nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e envolvem usuários e seus familiares. As ações estimulam o empreendedorismo para proporcionar independência financeira e elevar a autoestima e a autonomia, sobretudo das mulheres atendidas nas unidades. Durante as oficinais, é possível desenvolver e aprimorar habilidades artísticas e artesanais.

Segundo a gerente do Núcleo de Reabilitação, Aldeliane Nobre, as oficinais valorizam e dão visibilidade às habilidades empreendedoras dos usuários, proporcionando bem-estar e preparando para a vida, além dos muros dos Caps.

“Um dos principais objetivos do Núcleo, além das atividades terapêuticas, é elevar a autoestima das usuárias, inseri-las no mercado, com intuito de fomentar a economia solidária e melhorar a autonomia, tanto dos usuários quanto da família, para que possam produzir fora e se sentirem vistas e capazes. Dessa forma, há uma contribuição para a saúde mental e emocional dessas mulheres talentosas”, destaca. 

Maria do Socorro é usuária do Caps II Dr. Rostan Silvestre, na Jatiúca, e desenvolveu seu talento através das oficinas oferecidas na unidade. A dona de casa sofre de depressão e encontrou forças para viver através do seu trabalho. Atualmente, sua arte é fonte de renda. “Eu entrei em uma depressão, me separei, moro sozinha e não saía de casa, até ser encaminhada para o Caps em 2014. Aqui, conheci a Dona Maria, que já faleceu, mas me ensinou a bordar. Hoje sou uma Socorro diferente, vejo que tenho um dom que Deus me deu, bordo com minhas mãos,” relata.

“Aqui comecei a fazer as oficinas e vender meus produtos, consigo até ganhar dinheiro com meu trabalho. Hoje vejo que sou capaz de  andar sozinha, antes precisava de alguém. O Caps é uma segunda casa para mim, venho às segundas e terças-feiras, sou acolhida e ainda  costuro  nas oficinas que são oferecidas e o que produzo aqui, eu vendo lá”, finaliza a usuária.

As oficinas tem proporcionado renda para usuárias dos Caps. Foto: Ascom SMS