Capacitação da Saúde promove debate sobre Leptospirose e Doença de Chagas
Ação visa garantir tratamentos adequados para maceioenses afetados pelas enfermidades
A Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) realizou, nesta quarta-feira (13), uma capacitação sobre diagnóstico e manejo clínico da Doença de Chagas e da Leptospirose. O encontro foi realizado no Centro Universitário Tiradentes e contou com a participação de técnicos da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS).
A atividade contou com abordagens diferenciadas das temáticas relacionadas às doenças. No primeiro momento da capacitação foram colocados em discussão temas como 'Manejo Clínico da Leptospirose', 'Vigilância Epidemiológica da Leptospirose' e 'Controle de Roedores', explanados por especialistas do Município que atuam nestas áreas.
Já na segunda etapa dos trabalhos, na abordagem relacionada à Doença de Chagas, foram discutidos o 'Manejo Clínico da Doença de Chagas' e a 'Vigilância Epidemiológica da Doença de Chagas', finalizando com o debate acerca da temática 'Vigilância Entomológica'.
A capacitação, direcionada a médicos e demais profissionais da Rede de Atenção Primária de assistência à saúde da população, teve o intuito de preparar as equipes do Município para o atendimento e monitoramento de casos da Doença de Chagas e Leptospirose, transmitidas pelo inseto Triatomíneo (barbeiro) e por roedores, respectivamente.
De acordo com a gerente da Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis, Rosicleide Barbosa, a capacitação é importante para alertar os profissionais de saúde e ampliar o conhecimento sobre os principais sintomas das enfermidades e sobre os procedimentos a serem adotados.
“Estamos aqui realizando essa capacitação para atualizar esses profissionais, que atuam na assistência direta à população. Estamos no início da quadra chuvosa e é importante fazer esse alerta às equipes de saúde, para que possam identificar os principais sintomas com mais agilidade. E, aproveitamos que amanhã (14) é o Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas, para estender esse alerta também para este outro agravo de saúde que, assim como a Leptospirose, é uma doença muito negligenciada”, afirma Rosicleide.
A gerente complementa que em Maceió já existem hospitais capacitados para receber pacientes suspeitos das doenças. “Em casos de suspeita de Leptospirose, os profissionais de saúde encaminham o paciente para o Hospital Escola Dr. Hélvio Auto, que é a referência no tratamento de doenças infectocontagiosas e parasitárias. Quanto aos casos suspeitos para a Doença de Chagas, os profissionais devem encaminhar o paciente para o PAM Salgadinho ou para o Hospital Dia”, destaca.
O médico gastroenterologista Alexandre Falcão - da Unidade Especializada de Referência na capital, o Pam Salgadinho - foi um dos palestrantes da capacitação, abordando o 'Manejo Clínico da Doença de Chagas'. Ele destacou que a ação teve como finalidade sensibilizar os profissionais da atenção primária para a doença.
“Eu vim aqui para falar sobre o agravo, que é transmitido pelo inseto barbeiro, especialmente na sua forma crônica. E direcionar os profissionais da atenção básica para que eles saibam como agir quando se depararem com uma sorologia positiva para Doença de Chagas. A ideia é sensibilizá-los para identificar e notificar esses casos, que normalmente são negligenciados”, informa.
De acordo com a médica infectologista, Mardjane Lemos, o principal ponto dessa ação é despertar a atenção dos profissionais que estão na ponta do atendimento nas unidades básicas de saúde de Maceió sobre a importância da detecção precoce dos sintomas.
“O foco principal do evento é alertar tanto os profissionais das unidades da rede municipal quanto das Unidades de Pronto Atendimento (UPA,s) para uma detecção dos sintomas de forma qualitativa e ágil, principalmente na ocorrência de casos de Leptospirose. Os casos dessa doença, endêmica na nossa região, sempre ocorrem nesta época do ano, então, o alerta é para que eles ao detectarem os casos - leves ou graves - saibam como proceder, fazendo os primeiros atendimentos e encaminhando para o tratamento devido”, ressalta.
A médica-veterinária Carmem Lúcia Samico, gerente de Controle das Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos, também contribuiu com o evento, com uma abordagem sobre roedores.
“É importante ressaltar os aspectos voltados a esses animais, analisar e demonstrar as áreas que reconhecemos como de alto risco. Com essas detecções e registros de anos anteriores e atuais podemos fazer um mapeamento de regiões onde os casos e sintomas de leptospirose estão em foco. Dessa forma teremos como planejar um cuidado mais aprofundado no diagnóstico, levantando uma atenção maior e gerando exames preventivos nos atendimentos,” informa a gerente.
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