Atividades culturais fortalecem rede de cuidado no Caps Sadi Carvalho
Evento ocorreu nesta quinta (20) e teve exposição de fotos, desenhos, artesanato e do grupo “As Fridas de Sadi”
Dando continuidade às celebrações do Dia da Luta Antimanicomial, comemorado no dia 18 de maio, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Sadi Carvalho, localizado na Chã do Bebedouro, realizou, nesta quinta-feira (20), uma série atividades culturais com funcionários e usuários da unidade, como exposição de fotos, desenhos, artesanato e uma apresentação teatral do grupo “As Fridas do Sadi”.
Para Sheyla Ferrro, gerente de Atenção Psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), essas ações que estão sendo realizadas ao longo da semana são fundamentais para fortalecer a rede de cuidados no município.
“Com isso, a população enxerga que o cuidado humanizado, dado em liberdade é a melhor opção. Além disso, os usuários se sentem valorizados, mais protagonistas de sua própria história”, destaca a gerente.
Karla Rocha, gerente do Caps Sadi Carvalho, reforça a necessidade do cuidado humanizado. “O melhor cuidado oferecer liberdade, com arte e com inclusão. Esse trabalho das Fridas do Sadi é uma prova disso, pois com o grupo, as usuárias trocam informações, vivências, experiências, discutem arte, pintura, história dos artistas e isso melhora muito a relação delas consigo mesmas e ajuda no tratamento. Hoje vamos encenar a história da Frida Kahlo, uma artista com a qual elas se identificaram muito”, afirma.
Além da encenação do grupo, os funcionários e usuários também prestigiaram exposições de produtos confeccionados por eles como bolsas, biquínis de crochê, panos de prato com pintura à mão e também uma exposição de fotografias do projeto “Luz Refletida”, que também trabalha a fotografia como oficina terapêutica.
Arte como transformação
A responsável pelo grupo “As Fridas do Sadi” é a assistente social e artista plástica, Hilda Moura, que encontra na arte uma forma de ajudar a cada uma dessas usuárias.
“Diversas experiências apontam que a arte inserida nesse processo representa cura e transformação. Temos aqui muitos usuários que se revelaram grandes artistas, seja desenhando, pintando, fotografando: essa é a saúde mental que nos defendemos”, ressalta Hilda.
Angélica Silva frequenta o Caps Sadi Carvalho desde 2018 por conta de um quadro de depressão e, como participante do grupo, atribui a arte a sua evolução no tratamento. “Sempre gostei muito de desenhar e pintar e quando passei a fazer parte das oficinas eu consegui ver um alívio para mim, pois ali eu conseguia me expressar. Eu decidi lutar por mim”, comemora a usuária.
Ana Cecília da Silva – Ascom/SMS
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