Indígenas venezuelanos da etnia Waraos serão atendidos no projeto Dentista na Comunidade. A ação foi definida nesta sexta-feira (29), numa reunião realizada com técnicas da Secretarias Municipais de Assistência Social (Semas) e da Saúde (SMS) e representantes dos índios.

O atendimento será iniciado nesta segunda-feira (1°), no estacionamento da SMS no bairro do Centro e acontecerá durante toda a semana, nos horários da manhã e da tarde. Será montada uma estrutura no local, que irá atender mais a de 50 venezuelanos.  

A gerente de saúde bucal da  SMS, Ducy Lily Farias, falou do objetivo da ação. “Identificamos a demanda da comunidade dos Waraos, e percebemos que tinham uma dificuldade de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, por conta da comunicação. Então montamos a  estratégia de levar o Dentista na Comunidade junto com o Consultório na Rua, para atendê-los”, explicou.

Os serviços ofertados serão: exodontia (extração) para adulto e criança; restauração para adulto e criança; raspagem de tártaro; profilaxia (limpeza); aplicação de flúor; escovação; tratamento a traumático (adulto e criança); exame para detectar câncer de boca; atividades educativas para a população e encaminhamento para especialidades em Unidades de Saúde, caso necessário.

Além do atendimento odontológico,  será produzido um material para traduzir palavras referentes aos cuidados bucais para que os  Waraos se sintam acolhidos no consultório conhecendo as palavras.

“Ficamos preocupados com a comunicação com eles, por causa da língua. Estaremos produzindo um material lúdico para esse entendimento. O objetivo é trazer acolhimento, para que eles se sintam à vontade. Assim, não teremos barreiras para um melhor atendimento”, pontuou Ducy.

Segundo a assistente social, Micheline Machado,  da Diretoria de Direitos Humanos, atualmente estão sendo acompanhados 69 índios Waraos pela Semas. "Além de inseri-los socialmente é muito importante cuidar da saúde. E nessa ação, algo mais importante ainda será esse trabalho lúdico, para traduzir as palavras para o  idioma deles quebrando fronteiras”, destacou Micheline.