O Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) realizou, nesta segunda-feira (3), uma roda de conversa sobre o assédio moral no ambiente de trabalho e o adoecimento mental para os servidores da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS). A atividade foi mediada pela psicóloga, Analinne Maia, sendo realizada no auditório da Diretoria de Vigilância em Saúde, no Jaraguá.

“Vivemos um contexto em que o adoecimento mental vem se agravando. E não é de hoje, já há algum tempo. Antes da pandemia havia um aumento nos casos de adoecimento mental, não só no Brasil, mas em nível mundial.  O Brasil é atualmente o país com o maior número de pessoas com transtornos de ansiedade. Então nós somos uma população adoecida e uma das nossas necessidades básicas é apoio social. As questões relacionadas ao assédio no trabalho também podem estar presentes para o aumento desses dados”, explicou a psicóloga do Cerest, Analinne Maia.

A ação teve a participação dos servidores que debateram sobre o que é assédio moral, como ele acontece, os tipos e as consequências danosas à saúde dos trabalhadores. 

“Passamos grande parte da nossa vida dentro do ambiente de trabalho. Então não tem como a rotina do trabalho ser neutra na nossa saúde. Ele vai contribuir para o adoecimento ou com a saúde, dependendo das condições que foram oferecidas. Se passar por situações de assédio, o trabalhador deve  buscar apoio de familiares e profissionais para cuidar dos danos morais e psicológicos. Procurar a CIPA ou o SESMT, se houver, do local de trabalho”, explicou Analinne. 

A coordenadora-geral do Cerest, Sthefane Melo, destacou que o centro está à disposição para auxiliar os trabalhadores. “Caso vocês sintam necessidade de uma palestra para o setor de vocês em específico podem solicitar. Estamos disponíveis para articular com a coordenação algum horário e realizar a palestra. O Cerest está de portas abertas para atender, esse é o nosso compromisso, a saúde do trabalhador”, ressaltou. 

Para denunciar situações de assédio moral 

É possível realizar denúncia anônima através do número do telefone (82) 3312-5495 ou via WhatsApp (82) 98752-2000 e ainda pelo e-mail ([email protected]).

A denúncia pode gerar a realização de uma inspeção no ambiente de trabalho. O trabalhador também pode ser encaminhado ao Cerest pelos profissionais da saúde para diagnóstico da situação, acolhimento e encaminhamentos necessários visando a solução do problema.

Fora do local de trabalho, a vítima pode denunciar a prática abusiva ao sindicato ou ao conselho profissional de sua categoria, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT/AL (82) 3215-4300, ao Ministério Público do Trabalho - MPT/AL (82) 3201-5000, às comissões de Direitos Humanos do Poder Legislativo de Alagoas e/ou a entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/AL.

Assédio moral foi debatido em roda de conversa. Fotos: Ascom SMS