Aids: mais de mil pessoas desenvolveram a doença em Maceió nos últimos cinco anos

Maior concentração de casos está entre pessoas, de 20 a 59 anos

Polyanna Monteiro/ Ascom SMS 08/12/2023 às 08:17
Aids: mais de mil pessoas desenvolveram a doença em Maceió nos últimos cinco anos
Reprodução/Internet

Mais de mil maceioenses desenvolveram Aids nos últimos cinco anos, conforme informação do Programa de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde da capital. O registro estimado pelo setor, mostra que 1.001 maceioenses evoluíram para a doença e aponta o surgimento de 140 novos casos só em 2023.

Com relação ao número de pessoas infectadas pelo vírus do HIV na cidade, dados demonstram a notificação de 351 casos positivos no mesmo período. A maior concentração de casos de HIV/Aids está entre pessoas, de 20 a 59 anos.

A médica infectologista da SMS, Mardjane Lemos, esclarece que, apesar de muitas pessoas considerarem os dois termos sinônimos, HIV e Aids são estágios distintos da infecção.

 “Todos precisam ter em mente que o HIV é o vírus e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é a progressão desse vírus no organismo, que pode, a depender de alguns fatores, nunca se manifestar na pessoa”, explicou a profissional.

A médica explica que o desenvolvimento da Aids leva à perda progressiva da imunidade, deixando o organismo cada vez mais fragilizado e incapaz de se defender de infecções, sejam elas simples ou complexas.

“A partir do momento em que o indivíduo é infectado, o vírus começa a provocar a destruição das células do seu sistema imunológico e, com o passar dos anos, há uma queda importante no número dessas células de defesa, o que pode deixar a pessoa imunodeprimida e desenvolver a Aids”, completou Mardjane Lemos.

Dentre os sintomas possíveis após a infecção pelo HIV estão febre, manchas pelo corpo, aumento de gânglios no pescoço e sintomas de resfriado simples. Já na fase em que a Aids se instala no organismo, é comum o surgimento de diarreia, perda de peso e infecções respiratórias de repetição.

Mardjane Lemos aponta o diagnóstico e tratamento precoces da infecção como melhores estratégias para frear a progressão da doença.

“É de extrema importância que se consiga chegar ao diagnóstico do vírus ainda na fase em que a pessoa está assintomática, pois isso significa que a doença ainda não se instalou totalmente no organismo e que temos tempo de iniciar o tratamento para reverter a progressão da infecção e, com isso, aumentar as chances da pessoa não desenvolver doença”, concluiu.

Serviços para diagnóstico e tratamento precoces do HIV

Para auxiliar na detecção e tratamento precoces da infecção pelo HIV, a Saúde de Maceió disponibiliza testes rápidos gratuitos que detectam a condição em poucos minutos. O serviço é ofertado em todas as unidades de saúde da capital e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que funciona no Bloco I do PAM Salgadinho.

Os testes são ofertados de forma gratuita e para ter acesso ao instrumento nas unidades de saúde e no CTA do PAM Salgadinho, basta comparecer nos locais, de segunda a sexta-feira, portando documento de  identidade, comprovante de residência e cartão SUS. Nos casos de pessoas em situação de rua, que não apresentem documentos pessoais, o teste, ainda assim, é realizado e o resultado, liberado.

Acesso ao tratamento do HIV em Maceió

Usuários com diagnóstico positivo para HIV são encaminhados para os centros de atenção especializada, que são o Ambulatório João Fireman (Jacintinho); Hospital Escola Dr. Helvio Auto (Trapiche da Barra); Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (Tabuleiro do Martins) e o Bloco I, do PAM Salgadinho (Poço). Em todos estes locais, os maceioenses contam com uma equipe multidisciplinar que inicia o acompanhamento adequado para tratamento da infecção e recuperação da saúde e do bem-estar.

No Bloco I, em específico, o atendimento para o público é realizado durante todo o ano e dispõe de testes rápidos para detecção de doenças como HIV, sífilis e hepatites B e C, além de oferecer medicação gratuita para o tratamento do HIV/Aids.

No local, usuários contam com uma equipe constituída por enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, médicos infectologistas, gastroenterologistas, dermatologistas e pediatras.

SMS

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