Semuc organiza roda de conversa sobre racismo e saúde mental em comunidade no Benedito Bentes

Atividade aborda os 21 anos da Lei n° 10.639, que determina a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas

Michaelle Pereira (estagiária)/Ascom Semuc 10/01/2024 às 13:36
Semuc organiza roda de conversa sobre racismo e saúde mental em comunidade no Benedito Bentes
Roda de conversa reúne mulheres, jovens e adolescente do coletivo Mulheres Negras da Periferia. Foto: Alison Frazão/Secom Maceió

Nesta terça-feira (9), a Coordenação-geral de Igualdade Racial da Prefeitura de Maceió promoveu uma roda de conversa sobre racismo e saúde mental nas escolas com membros do coletivo Mulheres Pretas Periféricas, no Benedito Bentes.  A conversa foi liderada pela coordenadora Arísia Barros e a psicóloga Poly Moraes.

A discussão abordou sobre as vivências em comum experienciadas por adolescentes e jovens negros durante sua formação, como a baixo autoestima, descriminação e o próprio reconhecimento como parte da comunidade. 

A jovem Evelin Santos, 18 anos, acompanhou atenta a discussão. Ela afirma que já participou de atividades em que o racismo foi discutido na escola, mas que na ocasião não se reconhecia como uma mulher negra. “A questão do próprio aceitamento, foi o que mais me tocou. Eu estou começando a me aceitar como sou agora, mas quando era pequena não me aceitava”, afirmou a estudante.  

Evelin diz que refletiu sobre sua experiência escolar. Foto: Alison Frazão/Secom Maceió
Evelin diz que refletiu sobre sua experiência escolar. Foto: Alison Frazão/Secom Maceió

A roda de conversa também abordou os 21 anos da Lei° 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileiras nas escolas. De acordo com a ativista e coordenadora, Arísia  Barros, o ensino é o principal pilar para o combate ao racismo. "A gente precisa ter conhecimento sobre racismo, quando entendemos essa realidade, adquirimos o poder da mudança", enfatizou. 

A atividade mobiliza, cada vez mais, os jovens e adolescentes do coletivo sobre a pauta. “Essa roda de conversa também é importante para as mulheres do nosso coletivo, que têm dificuldades para aprender ou falar sobre o racismo. A presença de psicólogos e esta roda de conversa é importante para que elas se sintam mais preparadas para enfrentar o racismo no dia a dia”, relatou a presidente do Coletivo Mulheres da Periferia, Erivânia Gatto. 

A iniciativa faz parte da Campanha Maceió é Massa Sem Racismo, que discute através de rodas de conversa e escutas ativas, as questões de gênero no município de Maceió.

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