Sala Sensorial recebe público neurodivergente no São João Massayó
Anexo ao Camarote PcD, o espaço oferece recursos que permitem que pessoas com sensibilidade sensorial participem do festival junino

A acessibilidade já virou uma marca dos eventos da Prefeitura de Maceió. E, durante o São João, não é diferente. Além do Camarote PcD e outras ações, os presentes também contam com uma sala sensorial no estacionamento do Jaraguá. O espaço é voltado para pessoas neurodivergentes com sensibilidade sensorial.
Anexada ao Camarote PcD, a sala é uma parceria da Secretaria da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania de Maceió (Semuc) com a Clínica Integração e a empresa Fly Sensory, ambas localizadas na capital alagoana.
A ação aconteceu pela primeira vez em 2024 inspirada em grandes festivais, como Rock In Rio e The Town, e voltou em 2025 demonstrando o compromisso da atual gestão em promover o acesso de todos os cidadãos aos eventos culturais da cidade.

Laura Bezerra, coordenadora da pauta PcD da Semuc, falou do pioneirismo do projeto da sala sensorial e do atendimento especializado oferecido no espaço. “A sala sensorial é um projeto pioneiro no Nordeste e já é o segundo ano consecutivo que a Prefeitura de Maceió instala a sala no São João Massayó. Quando uma pessoa neurodivergente tem alguma dificuldade durante o evento, ao invés de ir para a equipe da Saúde, ela vem para cá, pois aqui temos um atendimento mais especializado, através da parceria com a Clínica Integração. Ontem, por exemplo, atendemos dez pessoas sem a necessidade de medicação, apenas realizando procedimentos direcionados para cada dificuldade”, contou.
Rodrigo Laurindo está inserido espectro autista e sente grande incômodo com barulho. Ele é um dos usuários da sala sensorial e declarou sentir-se acolhido. “Cada vez que o som estoura, eu sinto como se estivesse furando o meu ouvido. Um ambiente como essa sala sensorial é muito bom porque a gente se sente acolhido. Muitas vezes, pessoas como eu não vão a grandes eventos porque a gente acha que, caso aconteça alguma coisa, é difícil sair do ambiente. Então, quando a gente sai, já sabendo que existe um lugar acolhedor, caso a coisa não vá muito bem, a gente sente mais confiança. E também é uma forma de se sentir incluído”.
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