Prefeitura promove capacitação contra o assédio sexual para funcionários de bares e restaurantes
Treinamento é uma das medidas do programa Maceió Sem Assédio promovido pela Semuc
A Prefeitura de Maceió promoveu nessa terça-feira (28), mais uma capacitação de bares, restaurantes e semelhantes com o intuito de combater o assédio e outras formas de violência sexual contra mulheres nestes locais. A iniciativa aconteceu no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, no Jaraguá, e faz parte do conjunto de ações promovidas pelo programa Maceió sem Assédio.
Durante a tarde, os representantes dos estabelecimentos acompanharam palestras de técnicas e especialistas de diversas frentes que lutam pelo direito das mulheres. Entre elas, estava a Promotora de Justiça de Alagoas Karla Padilha, que instruiu os presentes sobre os tipos de crimes sexuais, que podem ser praticados, ações penais e como identificá-los.
“Não basta ter uma lei, é preciso que a gente capacite e empodere esses profissionais para que eles se sintam comprometidos com a segurança dessas mulheres”, ressalta a promotora.
A iniciativa capacita os funcionários e estabelecimentos a acolherem de forma humanizada vítimas de assédio sexual nesses locais. O protocolo “No Callem” é aplicado de forma pioneira em Maceió desde 2022, tornando-se posteriormente a Lei Federal n° 14.786/2023, conhecida como “Não é Não”.
“As capacitações são totalmente gratuitas, assim como todo o material disponibilizado para esse estabelecimento. Após a capacitação nossa equipe irá visitar esses locais para fazer a entrega do selo da campanha”, afirma a secretária da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania, Ana Paula Mendes.
João Gabriel é proprietário de um Beach Club na capital e está passando por uma reorganização no seu estabelecimento. Segundo ele, nesta nova fase é fundamental que assuntos como esse sejam discutidos e que a cultura de combate ao assédio seja implementada em seu estabelecimento.
“É uma iniciativa maravilhosa. A gente sabe que a questão do assédio não é um problema individual, mas sim coletivo. Quanto mais a gente conseguir trabalhar em sociedade, todos unidos para que cada um consiga agir e fazer sua parte, melhor”, afirma Gabriel.
A implementação do protocolo tem se expandido pela capital, com a aplicação sendo pensada para outros tipos de estabelecimentos. A vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 19° região, Walquiria Ramalho, fala sobre a importância de levar a política de combate ao assédio e acolhimento humanizado às vítimas para academias e outros locais com temática esportiva.
Para ela, muitas mulheres que utilizam esses espaços não se sentem à vontade por se sentirem observadas. “Estamos trabalhando para que esse assédio cesse nas academias também. Já fizemos reuniões com a Semuc para discutirmos essa questão e compreender como podemos mudar essa realidade”, diz Walquiria
Além da capacitação de estabelecimentos participantes da campanha, o Maceió sem Assédio se destaca por oferecer apoio humanizado às mulheres em eventos públicos, a exemplo do São João Maceió e Verão Massayó.
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