Prefeitura de Maceió realiza oficina sobre letramento racial com marisqueiras da orla lagunar
Secretarias de Desenvolvimento Habitacional e de Educação levaram ação a moradoras do Parque da Lagoa
A Prefeitura de Maceió realizou, na tarde desta quinta-feira (11), a oficina de letramento racial, no bairro Vergel do Lago. O encontrou reuniu mulheres marisqueiras e chefes de família contempladas com unidades habitacionais do Residencial Parque da Lagoa, localizado na orla lagunar. A atividade, viabilizada pelas secretarias de Desenvolvimento Habitacional (Semhab) e de Educação (Semed), ocorreu na sede da cooperativa de pescadores e marisqueiras.
“É realmente inspirador ver a Prefeitura de Maceió envolvendo as marisqueiras e outras mulheres chefes de família do Parque da Lagoa, em discussões tão importantes. Levar o letramento racial e a ancestralidade para o centro dessas conversas é fundamental para promover o pertencimento e a valorização da identidade destas mulheres. É maravilhoso ver a prefeitura plantando sementes tão significativas e colhendo frutos importantes”, disse Arísia Barros, coordenadora de Igualdade Racial da Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc).
De acordo com Analu Mendonça Paranhos, coordenadora do Setor de Projetos Sociais da Semhab, as oficinas fazem parte do trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Maceió com as comunidades de todos os residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida. "Este trabalho é norteado por uma portaria ministerial e é pautado por alguns eixos prioritários para estas populações”, explicou.
“Estamos trazendo a discussão sobre letramento racial e também conversando sobre empoderamento feminino. Já temos um calendário de outras oficinas e momentos como este para envolver, cada vez mais, estes moradores”, acrescentou Analu.
A Semed participou da oficina por meio da Rede de Bibliotecas, que levou para as marisqueiras dinâmicas com literatura e música. “A participação da Semed nesta oficina é fundamental para trazer visibilidade e reconhecimento às conquistas das mulheres, além de promover o empoderamento feminino. É maravilhoso ver a utilização da arte e do diálogo para tocar essas mulheres e ajudá-las a se reconhecerem em sua própria potência. Acredito que a arte tem um poder incrível de inspirar e fortalecer as pessoas. Espero que a oficina traga muitos frutos positivos para as participantes”, afirmou Simone Souza, responsável pela Rede.
As marisqueiras presentes na oficina destacaram a importância da iniciativa. Joseane dos Santos contou que muitas vezes sofreu racismo e preconceito por ser mulher e devido ao seu trabalho. “A gente passa por muitas situações, então é importante demais falar sobre isso para entender, saber o que é e denunciar o que está acontecendo de errado. Quando tem alguma coisa errada, eu grito, não pode ficar calada. Temos que falar”, relatou a marisqueira que trabalha há mais de 40 anos.
Simone Pereira reforçou a relevância da discussão na comunidade. “Tudo o que vier para a gente entender mais e ficar informado é ótimo. Estou feliz com este momento”, disse a marisqueira.
“Essas ações são essenciais para que as marisqueiras e outras mulheres compreendam e se orgulhem de sua história, fortalecendo sua identidade e autoestima”, finalizou Arísia Barros.
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