Escola do Benedito Bentes recebe roda de conversa do programa Dignidade Menstrual
Ação visa promover os diálogos sobre a saúde feminina e desmistificar os dilemas sobre o tema
Com o objetivo de combater o estigma e a vergonha associados à menstruação, promover a igualdade de gênero e a saúde feminina, as equipes pedagógica e de assessoras do programa Dignidade Menstrual e do Gabinete da Mulher foram até a Escola Municipal Santo Antônio, no bairro Benedito Bentes, para realizar uma roda de conversa e desmistificar alguns temas acerca do assunto.
O programa, que completou seu primeiro ano neste mês de abril, realiza a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes de 10 a 50 anos, matriculadas na rede pública municipal de ensino. Atualmente, a iniciativa contempla 12 mil estudantes.
De acordo com a assessora técnica do programa, Aline Machado Nunes, a conversa foi ministrada com uma equipe mista, na qual os principais assuntos abordados foram o ciclo menstrual; alimentação adequada para o período; mitos e verdades; fatores emocionais e abuso sexual.
Os alunos que participaram da roda de conversa são do 5° ano do Ensino Fundamental, entre eles está Maria Ysabel, 11 anos. “A roda de conversa serviu para a gente aprender mais”, disse.
Já Adrian Riquelme Santana de Lima, 10 anos, foi bem atencioso ao apontar que a conversa o ajudou a entender sobre os cuidados com as meninas. “Acho importante saber sobre a menstruação para que eu possa ajudar alguém quando isso acontecer e também para não deixar que os meninos fiquem zoando as meninas”, revelou.
A assistente social da unidade de ensino, Terezinha Bernardo de Melo, ressaltou a importância de abordar temas como esse dentro da escola. “Acho muito importante, porque desmistifica muitas crendices sobre a menstruação. Muitas vezes, esses alunos não têm essas conversas em casa. É essencial, que a escola participe desse processo”, frisou.
A diretora escolar, Marta Santos, ressaltou que muitas vezes as pessoas não se atentam ao tratamento com as mulheres, mas que a partir desses diálogos, um novos comportamentos podem surgir. “Acho importante, porque abre para eles um olhar sobre o tratamento das mulheres, em casa, na escola. Assim, os alunos passam a ter uma visão mais ampla sobre a violência contra a mulher. Acho muito importante essa valorização”, pontuou.
Aline ainda explicou que o programa atua para incentivar que as alunas possam frequentar as aulas regularmente, ao garantir o direito à educação e à saúde. “O foco do programa é não haver infrequência das estudantes por falta de absorventes, possibilitando assim maior aprendizagem e contribuindo também para o desenvolvimento saudável destas alunas”, concluiu.
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