Entrega do Troféu Selma Bandeira celebra a diversidade feminina

Solenidade celebrou a diversidade entre as mulheres e valorizou suas lutas políticas

Michaelle Pereira (estagiária)/ Ascom Gabinete da Mulher 31/03/2023 às 09:20
Entrega do Troféu Selma Bandeira celebra a diversidade feminina
Arísia Barros uma das mulheres reconhecidas com a premiação. Foto: Jonathan Lins

Na noite desta quinta-feira (30) ocorreu a solenidade do Troféu Selma Bandeira, que homenageou 13 mulheres de destaque na sociedade. Este ano, a entrega foi marcada por sua diversidade, ao ser composto por mais de 50% de mulheres negras entre as homenageadas.

Foram escolhidas mulheres que se destacam em diversas áreas de atuação, entre elas filantropia, pesquisa, política, música, artes cênicas, entre outros.

A ativista Arísia Barros, que recebeu o Troféu por Defesa dos Direitos a Cidadania revelou que recebeu a premiação com muita honra, por ter o seu trabalho reconhecido.

"Reconhecer é dizer que o ativismo existe, e se ele existe quer dizer que ele está desestruturando algumas barreiras e ocupando espaço. Receber o Selma Bandeira é significativo por que ela é uma exemplo de luta", afirmou.

Selma Bandeira lutou pelos direitos das mulheres alagoanas em pleno regime militar, sendo perseguida e presa naquela época, assim como o pai de Olga Miranda, o jornalista Jayme Miranda, desaparecido político que nunca teve seus restos mortais encontrados.

"É muito importante para mim ser homenageada com esse Troféu, principalmente neste mês de março, que é o mês em que foi instituida a ditadura em nosso país. É muito simbólico e muito significativo para mim e para a minha família", enfatizou Olga Miranda, premiada por seu trabalho como filantropa.

Durante o discurso de agradecimento, a coordenadora do Gabinete da Mulher, Ana Paula Mendes, ressaltou a importância de celebrar a diversidade e a pluralidade. Ela relembrou que em 2022 o Selma Bandeira premiou a primeira mulher transexual. Este ano, este lugar é ocupado por Natasha Wonderful, que foi homenageada na categoria artes cênicas.

"Com a nossa luta, nossa (das transexuais e travestis) estamos conseguindo estes espaços, para que a sociedade e as mulheres nos entendam como mulheres, e que o gênero não é o nosso sexo, mas sim a nossa mente, como pensamos." concluiu Natasha.

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