Conheça a história de Selma Bandeira que dá nome ao prêmio que reconhece atuação de mulheres alagoanas

13ª Edição do prêmio vai acontecer no dia 30 de março, quando serão homenageadas 13 mulheres

Michaelle Pereira (estagiária)/Ascom Gabinete da Mulher 23/03/2023 às 16:30
Conheça a história de Selma Bandeira que dá nome ao prêmio que reconhece atuação de mulheres alagoanas
Selma Bandeira no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas. Foto: Cleide Oliveira/Arquivo Pessoal

No dia 30 de março acontece a 13ª edição do Troféu Selma Bandeira como parte da programação do Mês da Mulher. A premiação que homenageia figuras femininas que contribuem para uma sociedade mais justa, leva o nome da médica e deputada Selma Bandeira (1944-1986), que lutou ao longo da vida pelos direitos dos cidadãos alagoanos e igualdade de direitos para as mulheres. 

Selma Bandeira nasceu em Delmiro Gouveia no dia 1° de janeiro de 1944. Ela se destacou pela sua militância política e papel ativo na luta a favor da cidadania. Médica formada pela Universidade Federal de Alagoas, foi vice-presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina e ensinou biologia no Colégio Estadual de Alagoas. 

Em 1968, foi presa em São Paulo durante a sua participação no 30° Congresso da UNE. Ela foi solta no dia 17 de outubro do mesmo ano, após ser indiciada pela Lei de Segurança Nacional, mas essa foi apenas a primeira vez que Bandeira sofreu represálias por causa da sua atuação.

Ela foi perseguida pelo delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury, que ao não conseguir encontrá-la, veio a Maceió, em 1973, para prender seus irmãos, levando-os para Recife e torturando-os durante 30 dias.

Cinco anos depois, em 1978, Selma Bandeira foi presa em Recife, quando seu apartamento foi invadido por mais de 30 policiais. Após um ano e três meses de sua prisão, a médica foi a primeira presa política a ser beneficiada com a Lei da Anistia. 

Após ser solta, ela voltou a Maceió e se filiou ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), onde atuou como médica sanitarista. Em 1982, foi eleita para a Assembleia Legislativa Estadual. 

Ela faleceu em 7 de setembro de 1986, aos 42 anos, ao se envolver em um acidente automobilístico, enquanto ia para o município de Viçosa para um evento de sua campanha para deputada federal. 

Seu funeral foi acompanhado por milhares de pessoas por 10 km até o Cemitério Parque das Flores. Selma Bandeira se tornou um símbolo revolucionário, reconhecida e respeitada pela sua luta a favor do povo alagoano.

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