Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é celebrado na Pajuçara com projeto Praia Acessível
Ação gratuita contou com diversas atividades inclusivas de cunho esportivo e necessárias para o bem-estar do corpo e da mente
Quando o neto foi diagnosticado com autismo e deficiência intelectual, com um ano e seis meses, dona Maria Fernandes, de 55, não imaginava como lidaria com a criação do neto no dia a dia. Hoje, ela se alegra com o progresso psicomotor de Enzo Pietro, de seis.
“É uma vitória na minha vida. Desde que ele entrou no Cuida [Centro Unificado de Integração e Desenvolvimento do Autista] e começou a participar do projeto [Onda Azul], há quase quatro anos, tenho aprendido bastante”, relatou, na manhã deste sábado (3), enquanto esperava o neto retornar do mar da praia de Pajuçara, onde participava do Projeto Praia Acessível, promovido pela Prefeitura de Maceió.
A atividade de lazer, com o Stand UP Paddle, ocorreu durante a realização da última edição de 2022 do projeto Praia Acessível, coordenado pela Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel) de Maceió, em parceria com instituições ongs e entidades que atendem esse público.
O dia escolhido pela Pasta para promover um momento de lazer não foi por acaso: 03 de dezembro, data que celebra o Dia Internacional da Pessoa Com Deficiência. A ação gratuita contou com diversas atividades inclusivas de cunho esportivo e necessárias para o bem-estar do corpo e da mente, como dança, funcional, jogos educativos, além de aulas de judô, jiu jitsu e muay thai.
“É uma alegria enorme estar participando de mais um Praia Acessível. Já são quase oito anos que a prefeitura proporciona essa ação de inclusão social. É satisfatório ver o sorriso no rosto deles. O prefeito JHC já sinalizou que 2023 será um ano ‘D’ da pessoa com deficiência”, frisou o secretário-adjunto de Esporte da Semtel e presidente do Conselho Municipal da Pessoa Com Deficiência de Maceió, Francisco Carlos do Nascimento, conhecido por Chicão.
Banho de mar assistido
Além de Pietro, quem tomou banho pela primeira vez, desta vez com o auxílio da cadeira anfíbia, foi a pequena Vitória Emanuelle, de dois anos e seis meses. Ela tem Hidrocefalia e Síndrome de West.
”Só tenho a agradecer à APAE, por que, nesse período que estou lá, ela já está se movimentando, comendo. O acompanhamento com a neurologista, a fisioterapeuta, está sendo incrível. Que esse banho não seja o último. Quero trazê-la mais vezes”, afirmou a avó Zélia Maria, de 48 anos.
Maria Júlia, de 17 anos, campeã estudantil paralímpica de natação - ela levou para casa quatro medalhas - em São Paulo neste ano, curtiu demais a experiência do banho de mar. “Foi incrível. Eu senti o que as pessoas com outras deficiências também sentem. Isso é um projeto lindo”, disse, emocionada.
“A cada edição do projeto, me sinto mais feliz e realizado. É uma honra, uma felicidade, um prazer estar aqui. Ver o relato de uma pessoa adulta que nunca foi à praia, é emocionante. As pessoas que têm deficiência têm os mesmos direitos que qualquer outra pessoa, e eles precisam ser assegurados”, destacou o coordenador do projeto, João de Barros.
Música ao vivo
Quem compareceu para usufruir das atividades do Praia Acessível neste sábado (3), contou também com o melhor do samba e MPB na voz do ilustre músico e cantor alagoano, Rady Lima. Ele, que é pessoa com deficiência, agradeceu o convite.
“Foi uma satisfação imensa vir cantar para vocês. Foi maravilhoso reencontrar tanta gente bonita, todos os envolvidos no projeto. A gente sentiu as pessoas dançando, cantando junto comigo. Agradeço novamente o convite e parabéns pela iniciativa”.
Além da APAE, estiveram no evento alunos e representantes da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (ADEFAL), Associação de Surdos de Maceió (ASAL), Família Alagoana Down (Famdown), Associação Famílias de Anjos (AFAEL) e Associação Pestalozzi de Maceió.
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