Programa Economia Solidária dá liberdade financeira a artesãs de Maceió

Mulheres representam quase 100% dos participantes de todos os grupos do programa, que impacta positivamente a vida de artesãos e empreendedores locais

Maria Maia / Secom Maceió 07/03/2024 às 09:57
Programa Economia Solidária dá liberdade financeira a artesãs de Maceió
Programa impulsiona a produção dos artesãos. Foto: Célio Júnior / Secom Maceió

Em Maceió, uma iniciativa tem se destacado por oferecer oportunidades significativas para mulheres, artesãs e empreendedoras: o Programa Economia Solidária. Esta ação tem impactado positivamente a vida das artesãs locais, proporcionando não apenas uma fonte de renda, mas também inspiração e melhorias na qualidade de vida. 

A iniciativa, que visa oferecer oportunidades significativas para mulheres artesãs e empreendedoras, tem se consolidado como um pilar de empoderamento feminino na região. Quase 100% das participantes nos grupos do programa são mulheres, proporcionando mudanças positivas para a população da capital.

Bel Santos se descobriu no artesanato e, hoje, tem liberdade financeira. Foto: Alisson Frazão / Secom Maceió.
Bel Santos se descobriu no artesanato e, hoje, tem liberdade financeira. Foto: Alisson Frazão / Secom Maceió.

Bel Santos, que é integrante do programa, compartilhou sua jornada, destacando como o programa proporcionou a ela a liberdade financeira tão almejada. Com 17 anos de experiência no artesanato, Bel encontrou na Economia Solidária não apenas uma maneira de expressar sua arte, mas também uma oportunidade de independência financeira.

"Eu sou artesã há exatamente uns 17 anos. O artesanato entrou na minha vida quando eu decidi ter uma liberdade financeira. Porque quando você é casada e o seu companheiro lhe restringe algumas coisas, você não pode sair de casa para trabalhar. E fazendo um artesanato em casa, eu poderia falar com a vizinha, com outra, e elas saíam. E eu continuava trabalhando mesmo em casa, falava com uma com a outra pessoa, e fazia as peças em casa, e elas levavam para vender...", contou a artesã.

Bel também ressaltou a importância de ser parte de um grupo que promove a economia solidária, oferecendo exposições em shopping, feiras e eventos municipais. A oportunidade de mostrar suas criações não apenas localmente, mas até mesmo internacionalmente, trouxe uma dimensão única à sua jornada artesanal.

Outra artesã, Tereza Cristina, compartilhou sua trajetória desde a infância, sempre envolvida com arte e influenciada pela mãe que trabalhava em casa. Durante a pandemia, enfrentando desafios como prestadora de serviços, Tereza encontrou inspiração para criar bijuterias modeladas à mão de porcelana fria, peças únicas que refletem sua identidade artística.

Tereza Cristina produz suas peças com porcelana fria e faz vendas para todo o País. Foto: Alisson Frazão / Secom Maceió
Tereza Cristina produz suas peças com porcelana fria e faz vendas para todo o País. Foto: Alisson Frazão / Secom Maceió

"Tudo que eu faço é modelado a mão com porcelana fria, são peças únicas. Isso me dá uma satisfação imensa. Tudo é fruto da minha identificação, inspiração e criação. Hoje, minhas peças são vendidas para todo o país e eu sou muito grata por isso", contou. 

Participante da Economia Solidária há mais de três anos, Tereza destacou os benefícios do programa em sua vida. "A Economia Solidária tem sido maravilhosa em minha vida, evoluindo nosso trabalho e mostrando ao público alagoano e aos turistas nossa capacidade de empreender e a qualidade dos serviços. É uma oportunidade financeira que agradeço sempre, pois abre muitas portas aqui em Maceió", afirmou.

Algumas mulheres dependem exclusivamente da renda gerada pela produção apoiada pelo programa. Foto: Alisson Frazão / Secom Maceió
Algumas mulheres dependem exclusivamente da renda gerada pela produção apoiada pelo programa. Foto: Alisson Frazão / Secom Maceió

Salomé Holanda, a coordenadora do Economia Solidária de Maceió, destaca a importância do programa para as mulheres, que representam uma grande maioria. Ela ressalta a diversidade de produtos e histórias presentes, desde aquelas mulheres que dependem exclusivamente dessa renda até aquelas que buscam complementar seus ganhos ou encontrar uma saída para quadros depressivos.

A coordenadora destaca a qualidade única do artesanato presente no programa, pontuando que todas as peças são produzidas localmente pelos próprios artesãos, o que as diferencia de produtos comprados de fornecedores externos e agrega valor ao trabalho realizado. 

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