Inclusão com afeto: Prefeitura de Maceió fortalece o empreendedorismo de famílias atípicas

Economia Solidária inclui mães atípicas e pessoas com deficiência nas Vilas Temáticas e garante visibilidade, renda, acolhimento e oportunidade

Gleycyanny Romão e Maria Maia/ Secom Maceió 23/04/2025 às 18:40
Inclusão com afeto: Prefeitura de Maceió fortalece o empreendedorismo de famílias atípicas
Eventos da Economia Solidária abraçam causa de pessoas autistas. Foto: Itawi Albuquerque/ Secom Maceió

Famílias que empreendem para sustentar seus filhos com deficiência têm ganhado cada vez mais espaço na capital alagoana. O apoio da Prefeitura de Maceió tem sido muito importante para garantir inclusão e mais oportunidades a todos que levam, muitas vezes, uma rotina cansativa e difícil.

Por meio da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária (Semtes), as famílias atípicas foram incluídas nas ações de Economia Solidária, com destaque para as vilas temáticas que movimentam bairros da capital alagoana em datas comemorativas.

Uma das iniciativas que se fortaleceu e vem ganhando cada vez mais espaço nesse contexto é o projeto das Famílias Atípicas Empreendedoras, idealizado pela confeiteira Luana Rodrigues, mãe solo de cinco filhos autistas, o Cauã de 16 anos, Davi de 13 anos, Helena de 10 anos, Benício de 8 anos e Mateus de 6 anos.

Com a iniciativa, atualmente com 348 famílias cadastradas, pessoas com deficiência e famílias atípicas participam das feiras vendendo bolos, pães, doces e salgados — tudo feito em casa, com muito carinho e criatividade.

Em todas as ações, a Prefeitura de Maceió disponibiliza a estrutura para os estandes nas vilas temáticas, promove capacitações e ainda oferece apoio logístico para o grupo participar das feiras.

Luana sempre enfrentou uma vida difícil. Na infância, sofreu violência física e abuso sexual do pai e, atualmente, ela perdeu parcialmente a visão. Apesar das dificuldades, conseguiu dar a volta por cima e, hoje, é proprietária do Terraço dos Bolos, que leva o nome em homenagem à sua avó, onde produz desde bolos caseiros até de casamento.

“Antes, era só eu e meus filhos sem rede de apoio, até eu me tornar uma rede de apoio. Temos várias famílias isoladas e sem visibilidade. Mas hoje, a gente vê que a prefeitura está abrindo portas para a inclusão, graças a Deus e a gestão do prefeito JHC”, contou.

A empreendedora ainda ressaltou a importância do projeto para a inclusão e acolhimento das famílias atípicas.

“O espaço da Economia Solidária, em toda vila temática, tem chamado as famílias atípicas empreendedoras. Tornou-se um lugar inclusivo e gratuito que fomenta a economia da cidade e garante uma renda extra na nossa casa. Essas vilas atraem o cliente alagoano e o turista. Temos mais projeção da marca, visibilidade  e aproveitamos também a revitalização da praça”, destacou. 

Maria Ângela, 53 anos, tem um neto de três anos com autismo nível 3, o Antônio.  Ela conta que por meio das vendas consegue ajudar a filha com os altos custos do tratamento. Além disso, ela encontrou no projeto não apenas uma forma de renda, mas um ambiente de acolhimento.

“Eu comecei a vender aqui pra ajudar no pagamento das contas. Eu me emociono cada vez que monto minha barraca. Isso tudo é uma maravilha. Com as vendas daqui, eu consigo ajudar a minha filha com as coisas. O que a prefeitura está fazendo por nós vai além do dinheiro, é uma maravilha”, disse.

Vilas de Páscoa permanecem até o dia 27 de abril. Foto: Itawi Albuquerque/ Secom Maceió
Vilas de Páscoa permanecem até o dia 27 de abril. Foto: Itawi Albuquerque/ Secom Maceió

Outra integrante do grupo de Economia Solidária é a Carla Pauliana, que é mãe solo e atípica de dois meninos. Com lágrimas no rosto, ela afirmou que muitas vezes estava limitada a trabalhar fora de casa e, com a oportunidade da prefeitura, agora pode mostrar e vender a todos os diversos salgados, caldos, bolos, doces e outras delícias que ela produz.

“Fui muito abraçada, eu não conhecia sobre as leis, tratamento, nada. Eu também tive derrame facial e confesso que o apoio do prefeito JHC é muito importante para que a gente não fique só em casa, tem momentos que chega a ser cansativo. Mas, independentemente das dificuldades, estou aqui todos os dias para ganhar meu dinheiro, conhecer e conversar com outras famílias e que todos possam conhecer nosso trabalho”, pontuou.

A Vila de Páscoa funciona todos os dias da semana e vai funcionar até o dia 27 de abril,  nos dois pontos da capital dedicados à valorização do artesanato e da gastronomia local. Os quiosques estão instalados no Parque do Centenário, no bairro Farol, e na Praça Gogó da Ema, na Ponta Verde. A população pode visitar e realizar suas compras das 16h às 22h.

No Parque do Centenário, os visitantes encontrarão tanto artesanato quanto gastronomia, enquanto a estrutura montada na Praça Gogó da Ema é voltada, de forma exclusiva, para a venda de produtos manuais.

SEMTES

Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária

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