Economia Solidária promove Dia Mundial do Crochê na Praça Centenário
Evento reuniu artesãos e visitantes em encontro coletivo

A Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária(Semtes), promoveu neste sábado(13) uma tarde especial na Praça Centenário em homenagem ao Dia Mundial do Crochê, celebrado em 12 de setembro. O evento reuniu artesãs, visitantes e curiosos em um grande encontro coletivo de aprendizado, exposição e troca de experiências.
O evento contou com muita prosa, conhecimento e produção coletiva de peças artesanais. Para a coordenadora do Programa Economia Solidária, Salomé Holanda, a ação buscou aproximar a população da arte do crochê e dar visibilidade ao trabalho das artesãs.
“Escolhemos trazer o crochê para a praça de uma forma descontraída, alegre, para que a população pudesse conhecer melhor essa arte milenar. O crochê não é apenas agulha e linha. Entre elas está o talento de quem faz. A Economia Solidária reúne muitos artesãos que trabalham com crochê, e hoje mostramos um pouco do que temos de melhor”, afirmou.
Com 56 anos, Francisca Cardeal carrega no crochê uma história iniciada aos oito anos de idade. Durante a oficina aberta ao público, ela destacou a alegria de ensinar novos aprendizes.
“Trabalho com crochê desde os oito anos e hoje me sinto realizada em passar adiante esse conhecimento. Não é apenas vender uma peça, é ver outra pessoa conseguir fazer também. Meu prazer não é só vender uma peça, mas ver outra pessoa conseguir fazer o que eu faço também. É passar conhecimento e deixar um legado”, contou.
Participante da Economia Solidária há mais de dez anos, Francisca relembra que, antes, os artesãos precisavam montar sozinhos toda a estrutura das feiras. “Hoje chegamos e já encontramos tudo organizado. Isso faz toda a diferença”, comemorou.
O encontro também marcou a presença de novos adeptos. Anderson Mariano, 33 anos, de Rio Largo, foi convidado há cerca de dois meses pelas artesãs para desfilar as peças, mas acabou se apaixonando pelo crochê e passou a produzir.

“Eu fui chamado para modelar, mas acabei pegando gosto pela coisa e já faz dois meses que estou aprendendo com essas professoras e pessoas maravilhosas. O preconceito sempre existe, mas eu deixo de lado, porque o que importa é o aprendizado. Estou amando essa experiência”, disse.
Entre as participantes também estava Hildeth Neiva, de 62 anos, que aprendeu crochê ainda na infância, aos cinco anos. Para ela, o evento simboliza o reconhecimento de uma tradição que atravessa gerações.

“Antigamente o crochê era visto apenas como um ofício das mulheres em casa, mas hoje ele é valorizado, é especial. Faço crochê há mais de 50 anos e é gratificante ver o espaço que ganhamos. Conheci a Economia Solidária nas feiras e fui recebida de braços abertos. O crochê é vida, é arte, é a nossa identidade”, contou, orgulhosa.
Para o encontro na Praça Centenário, ela também preparou um espaço instagramável para divulgar as peças para a população. “Quis mostrar nosso trabalho de forma diferente e dar às pessoas um cantinho para registrar fotos e compartilhar esse momento”, ressaltou.
Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária
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