Renasce Salgadinho: jardins filtrantes são utilizados como tecnologia de baixo custo para requalificação ambiental
Espaço está sendo construído no Vale do Reginaldo e atenderá o Riacho do Pau D’arco
As obras do programa ‘Renasce Salgadinho’, que irão contribuir na resolução de um crônico problema ambiental, que atinge o município há décadas, começam a avançar e a tomar corpo ao longo da cidade. No Vale do Reginaldo, no bairro do Poço, um dos principais pontos de intervenção, mais de 60 operários trabalham diariamente na construção dos espaços que irão servir como Jardins Filtrantes.
O sistema conta com uma tecnologia de baixo custo e de fácil manutenção que irá contribuir de maneira direta no tratamento inicial do esgoto que chega no Riacho do Reginaldo, por meio do Riacho do Pau D’arco. Ao total, serão implantados quatro jardins filtrantes cada um com 12,00 metros de comprimento e 3,00 metros de largura, além de uma lagoa, que também fará parte da estrutura.
“Os jardins filtrantes vão atender exclusivamente o Riacho do Pau D’arco. Através de estudos ambientais desenvolvidos pela Prefeitura, foi identificado que o Riacho do Pau D’arco é o que mais possui matéria orgânica, ou seja, esgoto in natura. Dentre os riachos que iremos trabalhar esse é o de pior situação”, explicou Marcelo Maia, coordenador do programa Maceió Tem Pressa, que é responsável pelo projeto Renasce Salgadinho.
Marcelo comentou ainda que além de ter uma funcionalidade ambiental, os jardins filtrantes trazem uma função paisagística, proporcionando beleza para o local, e detalhou o projeto. “As plantas e pedras que estarão dentro dos tanques irão consumir boa parte da matéria orgânica de maneira ecologicamente correta. Antes do esgoto que vem pelo Riacho do Pau D’arco chegar até o riacho do Reginaldo, os efluentes irão passar pelos Jardins Filtrantes, recebendo esse tratamento primário. Ao fim do jardins filtrantes, ele chegará ao Reginaldo, com o primeiro tratamento já feito, com uma taxa de esgoto muito menor, sendo posteriormente bombeado para o emissário submarino”, disse.
O esgoto do Pau D’arco
O esgoto que cai no Riacho do Pau D’arco é fruto da ausência da rede de esgotamento sanitário, da parte não saneada do bairro do Jacintinho, que é um dos mais populosos da capital.
Apesar do andamento da obra de requalificação ambiental, a Prefeitura também está investindo na implantação de rede de esgotamento sanitário. Somente no ano de 2021, mais de 80 km de tubulação foi implantada ao longo dos bairros Clima Bom, Tabuleiro do Martins, Santa Lúcia, Cidade Universitária e toda extensão do Litoral Norte que vai desde Elias Bonfim até Sauaçuhy, que fica na divisa com o município de Paripueira.
“O tratamento dos efluentes que chegam in natura, está diretamente relacionado à saúde pública, pois o não tratamento, traz problemas ambientais, como a degradação do ecossistema natural, podendo promover ambientes propícios à propagação de doenças, principalmente quando atrelado à falta de saneamento básico”, finalizou Maia.
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