Semed contribui com escolas e transporte na assistência à população desalojada
Seis escolas estão prontas e outras três de “sobreaviso”; 50 ônibus e quatro caminhões estão à disposição da Defesa Civil
Seis escolas da rede pública de ensino de Maceió estão prontas, desde ontem (29), para receber as famílias residentes nas áreas próximas à mina 18, da Braskem, que apresenta risco de colapso. Além dessas seis, outras três unidades escolares estão de “sobreaviso”, caso seja necessário. A logística foi organizada pela Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e das demais pastas integrantes do Gabinete de Crise.
Jó Pereira, secretária de Educação de Maceió, reforçou o apelo para que a população da área de risco busque abrigo nas escolas e contou que, além das unidades escolares, a Semed também disponibilizou 50 ônibus e quatro caminhões de sua estrutura para atender às demandas da Defesa Civil de Maceió: “É claro que nosso desejo é que todos sejam realocados em segurança em breve, mas até lá, estamos prontos para recebê-los”, frisou.
“Sei que é um momento de tensão para todos, principalmente para os moradores das áreas próximas à mina 18, mas quero destacar que a Prefeitura de Maceió está adotando medidas para protegê-los. Ontem foi criado o Gabinete de Crise, do qual a Semed participa, e o Município, por meio de todas as suas pastas, disponibilizou escolas, banheiros químicos, transporte, geradores de energia, alimentação e pessoal para trabalhar na limpeza e coordenação dos trabalhos, atendimento de saúde, ordenamento de trânsito, assistência social, fornecimento de água, limpeza urbana, segurança e até mesmo acolhimento para animais, entre outros serviços”, prosseguiu Jó.
A secretária frisou, ainda, que “como não poderia ser diferente, neste momento em que todos esforços estão voltados para os maceioenses que estão na região de risco, a Educação está presente no mutirão de apoio, mas já analisa soluções para voltarmos assim que possível às nossas atividades nas escolas utilizadas para o acolhimento social emergencial”.
Estrutura física e de pessoal
Na manhã desta quinta-feira (30), Roberta Viana, diretora-geral da Escola Pompeu Sarmento, localizada no Barro Duro, explicou que lá foram disponibilizados 14 salas e cinco banheiros: “O mobiliário foi retirado das salas, a quadra de esportes também está desocupada para utilização pelas crianças e todos os espaços estão higienizados. A unidade recebeu colchões, lençóis, material de limpeza, kits de higiene e alimentação”.
Demonstrando preocupação com a relutância de alguns moradores em deixarem as áreas de risco, Roberta disse entender a dificuldade que é sair da própria residência, mas voltou a apelar: “Venham para um lugar mais seguro. Nossa escola está de portas abertas esperando vocês”.
A assistente social do Município, Catarina Lins, responsável na Escola Pompeu Sarmento por uma equipe de 11 profissionais, composta por pedagogos, assistentes sociais e psicólogos, explicou mais sobre as ações disponibilizadas na unidade: “Contamos com serviço de saúde e também trouxemos brinquedos para as crianças. Todas as famílias que chegaram ontem à noite receberam toda assistência necessária e todas que chegarem a partir de hoje também receberão”.
A transferência deve ser orientada pela Defesa Civil, que pode ser acionada pelo telefone 199. As nove escolas estão estruturadas ainda com carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, equipes da Guarda Municipal e de assistência social para receber até 5 mil pessoas vindas das regiões do Mutange, Bom Parto e Flexal de Baixo.
As escolas para onde as famílias já podem se dirigir são as seguintes:
Escola Professora Maria José Carrascosa (Poço)
Escola Rui Palmeira (Vergel)
Escola Antídio Vieira (Trapiche)
Escola Pompeu Sarmento (Barro Duro)
Escola Lenilto Alves (Jacintinho)
Escola Brandão Lima (Benedito Bentes)
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