Projeto garante educação básica para as pessoas em situação de rua
Além das atividades voltadas para a educação, a ação tem o propósito de inserir práticas culturais com oficinas de grafite, teatro, entre outros
Os profissionais do município têm trabalhado cada vez mais para garantir uma educação de qualidade para todos, principalmente para os que estão atrasados em sua formação. Os técnicos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) da Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), iniciaram projeto que tem como objetivo garantir educação básica às pessoas em situação de rua, com aulas ministradas por professores da rede por meio dos Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (POPs).
A Semed faz parte do Comitê Intersetorial da População em Situação de Rua e está buscando implementar ações que possibilitem às pessoas dos centros POPs e instituições de acolhimento iniciar ou concluir a educação acadêmica.
Zilta Nogueira, técnica do setor de matrículas, e Rejane Bandeira, técnica do setor da coordenação do EJAI estão à frente do projeto e se reuniram na última semana, com outros profissionais que fazem parte da ação para apresentação e debate do plano. Além das atividades voltadas para a educação, o projeto tem o propósito de garantir práticas culturais com diversas oficinas como grafite, teatro, artesanato, música, capoeira, entre outros.
Rejane Bandeira conta que uma das soluções proposta no projeto é criar em cada centro POP um núcleo educacional para dar assistência a esse grupo de pessoas.
“Essa população de rua fica completamente desamparada de todos os pontos de vista, nós enquanto Semed vamos providenciar que eles estejam assistidos e acolhidos. Sabemos que eles possuem características próprias, uma delas é a questão do uso habitual de drogas e álcool. Pensamos em situações específicas onde vamos poder atender essa população e nesse intuito vamos identificar essa população, matricular nos núcleos que terão escolas de referências, ele vai estar dentro dos centros”, explicou a técnica.
Cada turma terá no mínimo 10 alunos por núcleo e as aulas serão ministradas por professores da rede voluntários. Por apresentarem uma situação de vida diferente, a matriz curricular vai se adequar a realidade deles para que consigam contemplar os conteúdos programáticos, com procedimento metodológico e estratégias pedagógicas diferenciadas.
Zilta Nogueira informou que a ação conta com outras secretarias para obter resultados positivos. “A Semed entra possibilitando a eles iniciar ou concluir a educação acadêmica para ver se existe a possibilidade de saírem daquele submundo. Dentre essas ações multisetoriais, nós temos 17 ações em parceria com outras secretarias para tentar viabilizar essa formação acadêmica”.
Rejane reforçou a importância do projeto em formar esse grupo de pessoas e inseri-los novamente na sociedade. “É importante matricular esses alunos que estão fora da rede para conseguir tirá-los da drogas e inseri-lo novamente na sociedade, isso para nós é primordial, é importante fazer o que deve ser feito e produzir resultados palpáveis”, finalizou.
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