Projeto de educação ambiental de creche municipal é destaque no 7º Fórum Distrital de Promoção da Saúde

CMEI Mestra Virgínia produz alimentos orgânicos na própria unidade e foca na preservação do meio ambiente

Jamerson Soares/Ascom Semed 21/09/2023 às 11:14
Projeto de educação ambiental de creche municipal é destaque no 7º Fórum Distrital de Promoção da Saúde
Engenheira agrônoma e voluntária do projeto, Jhulyanne Christiny e o diretor do CMEI Mestra Virgínia, Akauê Basili, participaram de evento de saúde. Foto: cortesia

Com o objetivo de estimular a educação ambiental desde cedo, equipes do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Mestra Virgínia Moraes da Silva, no Rio Novo, realizam projeto envolvendo a horta da unidade. A ação possibilita a inserção dos pequenos nas etapas de produção de alimentos orgânicos.

O projeto ganhou destaque no 7º Fórum Distrital de Promoção da Saúde, que aconteceu na Casa Dom Bosco, na Santa Amélia. No encontro, promovido pela Secretaria Municipal de Educação (SMS), foram apresentadas ações exitosas de escolas, unidades, Organizações das Sociedade Civil (OSCs), associações de bairro e comunidade, que promovem o bem-estar e a saúde local.

A ação ambiental do CMEI Mestra Virgínia é realizada há dois anos com recursos próprios; em parceria com Jhulyanne Christiny Marcelino dos Santos, engenheira agrônoma, e voluntária responsável pelo planejamento, implantação e manutenção do projeto. Além das crianças, de dois a cinco anos, as professoras, educadoras e a comunidade escolar também participam das atividades.

As crianças da unidade aprendem a plantar, a fazer compostagem, regar, cuidar dos produtos, colher, entre outras ações. Além disso, eles também participam de oficinas e dinâmicas pedagógicas sobre o assunto. Alimentos como milho, cebola, coentro, manjericão, feijão, repolho, tomate, são plantados na horta e também utilizados na merenda da unidade.

Segundo Jhulyanne, o que a fez participar do projeto foi a vontade de retribuir um pouco do que foi dado a ela durante sua educação na área. "Sou fruto do sistema, e quando a gente vai lá na primeira infância, na base e consegue transformar o lugar, quando a gente vê que a educação ambiental tem o seu papel que vai além do que as pessoas acham, é gratificante”.

“A educação ambiental é vida, ela ensina a ter um olhar crítico sobre o lixo e a preservação do meio ambiente. Então as crianças começam a ter esse protagonismo desde a infância. A importância disso tudo vai além da horta. As sementes mais importantes da nossa horta são as nossas crianças", destacou a engenheira.

Ela contou, também, que no início foi difícil porque o solo não era bom, com poucas chances de produzir, mas com o trabalho conjunto os frutos começaram a surgir.

"O meu trabalho é de base, monto as estruturas, corro atrás de parcerias junto com a escola, doações, insumos, livros de ouro para conseguir verba para saber o que vai ser feito. O que eu fiz foi transformar em um ambiente bonito, paisagismo, arborização; plantamos árvores nativas. Cada turma tem o seu próprio canteiro e depois as professoras vêem como vão trabalhar isso. Estamos formando cidadãos cada vez mais críticos".

Para Jhulyanne, foi prazeroso participar do fórum. "Essa participação representou sair das paredes do CMEI, porque foi o nosso primeiro evento para mostrar para as outras pessoas o trabalho que vem sendo feito no ponto de vista pedagógico na unidade", concluiu.

 Akauê Basili é diretor da unidade de ensino e fala sobre a importância da ação. "É um projeto contínuo, que vai se adaptando à sazonalidade. As crianças convivem com ele. É um projeto que está arraigado, tem identidade. Inicialmente, tudo era novidade e hoje faz parte da rotina delas”.

“A nossa participação no fórum foi muito bacana porque é um evento da saúde, e esse projeto de educação ambiental entrou como uma ação de promoção de bem-estar e saúde. Ou seja, extrapolou algo institucional e começou a dialogar com outra área", comemorou o diretor.

Ainda segundo Akauê, a apresentação no evento enfatizou essa aproximação entre as crianças e o orgânico, e a questão da saúde na produção desses alimentos. "A gente conseguiu perceber as dimensões do projeto que até então não eram tão perceptíveis. A partir desse diálogo com outras áreas é que conseguimos perceber outro viés. Isso motiva a gente a continuar".

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