Professora de escola municipal usa paródias de músicas da internet como método em sala de aula
Objetivo da ação, realizada na escola Paulo Bandeira, no Benedito Bentes, é estimular o aluno a participar das atividades e incentivá-lo a ter autonomia
Além de todo o país, a onda das trends que viralizam na internet também conquistaram o interesse da comunidade escolar de Maceió, como uma estratégia de ensino-aprendizagem e para prender a atenção do aluno às atividades. Professores e alunos criam adaptações de músicas e coreografias conhecidas pelos brasileiros e levam para a sala de aula. É o caso da Escola Municipal Paulo Henrique Costa Bandeira, localizada no bairro Benedito Bentes.
No domingo (8), a escola publicou em suas redes sociais um vídeo com uma turma do 5° ano cantando uma pequena paródia da música "Desenrola, bate e joga de ladinho", que tem sido muito compartilhada recentemente no TikTok e demais redes.
No vídeo os alunos estão em sala de aula, fazem movimentos da coreografia da canção e cantam, em tom de diversão, o seguinte verso: "desenrola, bate e faz a atividade". O verso é repetido diversas vezes.
A ideia da adaptação da música foi da professora Rosângela de Fátima, que está há quase dez anos na Educação. Animada, expressiva e dotada de uma energia criativa, Fátima conta que gosta de mesclar elementos culturais e atuais em sua metodologia educacional, com o objetivo principal de incentivar os alunos a terem autonomia e a participarem ainda mais das atividades.
"Eu sempre desenvolvi essas estratégias porque acredito muito na ludicidade dentro do contexto da sala de aula. Na fase que os meninos se encontram existe muitos assuntos na grade curricular que eu adaptei para serem mais prazerosos e para incentivarem a presença deles", explicou a professora.
Para as dinâmicas, Fátima utiliza paródias, materiais concretos como palito de picolé, para ajudar os alunos a estruturarem os parágrafos de textos, sucata, cartazes, entre outros artifícios. Jogos interativos também são realizados na sala. A professora também relatou que trabalha com crianças de 10 e 11 anos e muitos não se interessam por metodologias antigas.
"Eu já acompanho faz um tempo essa geração tiktoker e peguei esse gancho para utilizar com os alunos. Eu trabalho com crianças de 10 e 11 anos e eles não querem mais coisas melódicas, antigas, daí trazemos músicas chicletes da atualidade para a dinâmica e para deixar a aula estimulante. Tem criança que gosta tanto que faz de tudo para não faltar". Que a gente vá para a lousa, mas que também seja possível ter estratégias dinamizadas com objetivos em sala de aula", concluiu Fátima.
A escola atende 1.032 estudantes da comunidade, incluindo alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI). Todos interagem por professores e educadores que são fontes de criatividade no ambiente escolar. Para a coordenadora pedagógica da escola, Elaine Nascimento, que está há quase três anos na rede, as dinâmicas são oportunidades para melhorar a qualidade do estudo e aprendizagem dos alunos.
"Os professores estão sempre buscando inovar. A gente pega coisas do que criança gosta, traz para a escola e as utiliza para conscientizar que ela precisa estudar. Eles são bombardeados de informações no mundo atual da internet, mas o que pode ser utilizado e transformado em conhecimento? Essas brincadeiras são muito válidas, ainda mais quando trazemos para a nossa didática", enfatizou a coordenadora.
Maria Lorrane, 10 anos e Sabrina Vitória, 11 anos, são alunas do 5º ano diurno, estudam juntas e sempre participam das atividades propostas pela professora. Lorrane, por exemplo, contou que as paródias ficam na cabeça a ponto de fazer novamente no intervalo.
"Com essas dinâmicas as aulas ficam mais divertidas, mais legais, interativas. Nós cantamos e também dançamos. As paródias ficam tanto na cabeça que a gente fica lembrando na hora do intervalo, brincando juntos. As brincadeiras e os desafios ajudaram a gente a ficar mais interessados em aprender vários assuntos", disse a estudante.
Já Sabrina acha tudo muito divertido e adora os desafios lançados por Fátima. "Os desafios que a professora lança para a gente são para estimular a gente. Não só brincamos, mas também aprendemos. Um colega ajuda o outro e aprendemos isso em sala de aula", disse Sabrina Vitória.
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