Estudantes da Escola Municipal Arnon de Melo, no Jacintinho, participaram nesta terça-feira (19), de uma palestra sobre a prevenção ao suicídio e sobre a importância da rede de apoio. A ação teve como objetivo promover a conscientização sobre o tema e sensibilizar a comunidade escolar sobre a necessidade do suporte emocional.

Na ocasião, ocorreu uma dinâmica especial intitulada Árvore da Vida, que tinha como finalidade preencher os galhos de uma árvore por meio de palavras e frases motivacionais. A atividade foi feita por alunos e professores que também se envolveram nas discussões sobre os temas abordados.

De acordo com Rosana Pedrosa, psicóloga da unidade escolar, o momento foi significativo e importante porque fez o aluno refletir sobre as questões que envolvem a saúde mental durante a vida.

"Hoje pudemos oferecer para os alunos um momento relevante. Eles conseguiram abrir um pouco mais a mente para refletirem sobre o suicídio, que ainda é um tabu diante da nossa sociedade. Temos que levar a essas crianças o conhecimento, a importância de pedir ajuda, de falar, da rede de apoio. Nós, como educadores, que fazemos parte do chão da escola, é o nosso papel escutar, observar", contou Rosana.

A psicóloga chamou atenção para a necessidade de ter uma rede de apoio ao redor da pessoa que sofre de algum transtorno depressivo. Rosana também elencou algumas instituições que são primordiais e que valem como suporte emocional, como as unidades de saúde, a família, religião e, principalmente, a atuação profissional.

Para a estudante Bianca Karine dos Santos, de 15 anos, do 9º ano, a ação foi fundamental para conscientizar e também para acolher os alunos que se sentem sós.

"O que achei mais interessante foram as informações que tivemos sobre a maioria das pessoas com esses transtornos. Também me chamou atenção a idade das pessoas que se suicidam: entre 15 e 29 anos. Achei a ideia da árvore muito legal porque dá uma acolhimento às pessoas. Coloquei 'Você é importante, você não está sozinho'. Escolhi essa frase porque muitas pessoas que têm esse problema acham que não são importantes, que estão sozinhas, mas na verdade tem sim gente que as ama e que está ali para escutá-las", disse a aluna.

A diretora da escola, Alessandra Viana, acredita que essa atividade promoveu conhecimento para a vida e estimula a abertura de visões entre os alunos. "Enquanto gestão, é gratificante promover esses espaços de discussão. Momentos como esse são únicos. A gente está trazendo conhecimento para a vida e que em determinado momento eles vão fazer uso dessa informação", concluiu Alessandra.

Fotos: Thony Nunes/Ascom Semed