Nutrição e autismo: Educação de Maceió promove palestra sobre seletividade alimentar
Encontro foi realizado pela Coordenação Técnica de Nutrição e Segurança Alimentar da Semed
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Maceió promoveu, nesta quinta-feira (28), no auditório da Uninassau, no Farol, uma palestra sobre a relação entre a nutrição e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e especificidades que podem ser trabalhadas na merenda escolar.
A ação foi organizada pela Coordenação Técnica de Nutrição e Segurança Alimentar da Semed e faz parte do projeto "Autismo: um olhar da nutrição". A palestra foi ministrada por Monica Assunção, nutricionista, professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), mestra em Nutrição Humana e doutora em Saúde da Criança e do Adolescente.
Segundo a coordenadora do setor, Ana Denise Gouvêa, a palestra inicio um ciclo de formações sobre o tema.
"Decidimos promover essa palestra tendo em vista a quantidade de estudantes autistas na rede. São mais de 1.200 alunos. 67% desses estudantes apresentam algum tipo de seletividade alimentar. Então, nós temos que aprender mais e encontrar formas eficientes de atendê-los", explicou a coordenadora.
A palestra foi direcionada para nutricionistas, auxiliares de sala, professores, coordenadores pedagógicos, diretores, pais e profissionais da área.
"Esse encontro pode contribuir para que os servidores possam trabalhar as individualidades. Muitas vezes não dá para a gente padronizar um cardápio, mas é necessário que cada vez mais a gente possa treinar esse olhar no ambiente escolar referente à individualização dessa alimentação", destacou a palestrante.
O professor Carlos Rodolfo Gomes, que também é auxiliar de educação especial na Escola Municipal Maria de Lourdes Pimentel, no Cidade Universitária, esteve na palestra. Ele contou que cuida de um aluno autista não verbal de oito anos na unidade, e que as explicações da palestra vão o ajudar a focar no entendimento do processo alimentar desse estudante.
"Na palestra me chamou a atenção a forma como a alimentação pode ajudar na fala da criança autista. Hoje entendi que a gente deve conversar com os pais sobre o processo de alimentação dele desde o nascimento. Agora a gente vai procurar focar nesse estudo e o comportamento dele para ajudar a desenvolver a fala", disse Rodolfo.
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