Investimento em materiais adaptáveis auxiliam alunos com deficiências em creches e escolas de Maceió
Recurso proveniente do Programa Dinheiro na Escola é direcionado para salas específicas para esse público nas unidades
Para um maior auxílio na aprendizagem de estudantes com deficiências da rede de ensino de Maceió, as unidade escolares recebem um investimento financeiro para a compra de materiais adaptáveis em sala de aula. Esse investimento advém do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), criado em 2020 e que tem como objetivo fornecer subsídios às escolas públicas das redes municipais, com foco na acessibilidade e na inclusão.
O apoio é direcionado para salas de recursos multifuncionais, específicas ou bilíngues de surdos que ficam nas creches e escolas do Município. A compra desses materiais incentivam a permanência do aluno com deficiência, a integração e o seu desenvolvimento cognitivo e educacional dentro de turmas regulares. Os próprios alunos utilizam os objetos.
Entre os materiais adquiridos estão computadores, impressoras que realizam o trabalho em braile, cadeiras adaptáveis, lousas, vasos sanitários, materiais pedagógicos, playground acessível, jogos, scanner com sintetizador de voz, relógios em libras e braile, maca para fraldário, entre outros.
Esses objetos são comprados conforme as necessidades de cada escola, a quantidade de estudantes com deficiência. No total, de 2020 a 2022, 80 escolas foram contempladas com o recurso. As salas de recurso pertencem às unidades escolares e atendem os alunos duas vezes por semana.
O PDDE é do Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC). A técnica do setor de Educação Especial da Semed e responsável pelo PDDE em Maceió, Micheline Cavalcante, explicou que o próprio MEC elabora uma seleção dos materiais, as escolas fazem um plano e selecionam os objetos necessários para as salas de recurso.
"O MEC, então, faz um levantamento, escolhe as escolas, finaliza o processo e envia o dinheiro diretamente para as contas das unidades. A escola faz a compra. Tanto para a sala de recurso, quanto para as salas de aula regulares", disse a técnica.
Segundo dados do setor, até o dia 30 de março deste ano, foram matriculados 2.982 estudantes com deficiência. Desses, 215 estão matriculados na Educação Infantil, 2.359 no Ensino Fundamental e 408 alunos estão na Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI).
Para Micheline, o programa tem ajudado as escolas e o trabalho de ensino-aprendizagem com esses alunos.
"As professoras têm conseguido fazer as adaptações e as crianças têm conseguido acompanhar as disciplinas em sala de aula. Quando chega o recurso, as professoras e os alunos adoram, porque são adaptativos e auxiliam muito. Esses recursos só vêm a ajudar e a fazer com que esses alunos possam participar mais ainda, interagir com a turma que estão inseridos na escola".
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